The Green Inferno (EUA, Chile, 2013)
Diret Eli Roth
Com Lorenza Izzo, Ariel Levy, Aaron Burn, Kirby Bliss Blanton, Daryl Sabara, Magda Apanowicz, Sky Ferreira.
Podia ter mordido mais, né?! Aventura que revisita o antigo filão dos filmes de canibais, uma das mais controvertidas linhas de produção no cinema de terror. Ativistas ecológicos se perdem em selvas tropicais e encontram tribo de nativos canibais que os captura. Isolados em uma jaula, observam o trágico destino de cada um que é retirado de lá pelos integrantes da tribo. Precisam escapar do local ou acabarão todos devorados pela fome insaciável dos nativos e pelas orientações da pajé.
Homenagem ou retomada-genérica ou vontade-de-fazer-filme-de-canibais do diretor/fã Eli Roth. Mas e então? A que veio Green Inferno ? Não atualiza o gênero, nem surpreende. Não é ruim. Não é bom. Se tivesse sido feito nos anos 80 seria um filme legal. Hoje, é só mais do mesmo sem muita imaginação ou empenho de roteirista. Bem realizado, sem dúvida e com a dose esperada de violência e mutilações – até menos do que poderia, considerando os excessos nerd da retomada genérica ou homenagem em modo fan-film contemporâneo!
Filmado na América do Sul, Green Inferno teve equipe passando mal (calor, insetos), acidentes de produção e participação de nativos locais, mas parece que essa galera toda se diverte mais do que quem assiste. É um fan-film com recursos profissionais. Característica que parece definir todo o cinema de Roth. Até aí nada de mau. Mas fica aquela sensação que faltou um pouco mais de empenho para a consistência geral do filme, no roteiro principalmente.
Primeiro desconforto: a captura digital acaba com a estética suja e naturalista que foi uma das virtudes do gênero jungle-horror em épocas passadas. Sendo assim, o green é lindo de ver, não é um inferno. E a limpeza digital acaba pro comprometer o show. Segundo desconforto: piadinhas como a do corpo recheado de maconha que vai pra fogueira! Maior surpresa: a cena da diarreia! Outra surpresa: as refilmagens americanas (como visto em Wicker Man/O Sacrificio por exemplo, entre outros), anulam a erotização seja ela, saudável, doentia, apelativa ou o que for.
Mas enfim: se você é fã de splatter, terror, canibais, não fique na dúvida, assista! Mesmo sabendo que Ruggero Deodato e Umberto Lenzi ainda reinam.
Expectativa 😈😈😈😈 Realidade 😈😈
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