De Dodes Tjern (Noruega, 1958)
Diret Kare BergstromCom Andre Bjerke, Bjorg Engh.
Terror civilizado. Raridade pouco citada do fantástico europeu. Grupo de amigos passa temporada em uma casa à beira de um lago. As cartas e escritos que encontram do antigo morador falam de um espírito que habita o lago e leva as pessoas para dentro dele. Inicialmente os dados parecem folclóricos demais para a cultura urbana e contemporânea do grupo, mas quando uma das garotas começa caminhar pela madrugada como sonâmbula e sempre indo na direção do lago, o medo se instaura no grupo.
Bela produção norueguesa com notável cuidado fotográfico. Sutil e misteriosa, quase como um conto de fadas em sua delicadeza e suspensão. O canal de áudio, por exemplo, só tem diálogos e trilha sonora, que é expressiva e sussurrante. A sonoplastia é mínima. Talvez seja lento e comportado demais para ser apreciado hoje, mas o exercício em vê-lo é muito interessante. Curioso compará-la à produções posteriores como Evil Dead com a qual guarda semelhanças, e analisar a mutação cultural que se operou nas últimas quatro décadas de sobrenatural na cultura pop. Do mistério e proposta onírica de filmes como este estamos invariavelmente expostos agora à uma enxurrada de efeitos, violência e histeria como ingredientes fundamentais do sobrenatural na cultura contemporânea. É pra lamentar? Não, é só pra comparar e concluir.
Expectativa 😈😈 Realidade 😈😈😈
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