19 de janeiro de 2017

Shelley

Shelley (Dinamarca, 2016)

Diret Ali Abassi, com Ellen Dorrit Petersen, Cosmina Stratan, Bjorn Andressen.

Shelley

Fala, pa-pai... Suspense discreto mas incrivelmente envolvente em seu ritmo bem dosado. Ambientado no interior da Dinamarca, conta o envolvimento da jovem Elena que trabalha para Louise e Kasper, casal que vive recluso em uma fazenda no interior. A reclusão à qual o casal opta chega a extremos de prescindir de luxos tecnológicos básicos como luz elétrica, por exemplo. Elena aceita ser mãe de aluguel uma vez que Louise não poder ter filhos. Mas a gravidez se complica, o corpo de Elena começa a se cobrir de marcas e feridas, crianças a rejeitam, animais a rejeitam, sensitivos passam mal.

Terror modesto filmado na Dinamarca e Suécia por diretor estreante. Seu grande recurso é a fotografia de luz difusa e constante ambiência espectral. As cenas no lago são especialmente marcantes e a trilha sonora ajuda muito no clima mortiço. Então temos com Shelley mais uma produção de um mercado insuspeito que ingressa em um circuito mais amplo pelas vias do horror e fantasia. Mas Shelley evita totalmente o clichê: não é cinema-pipoca, não tem gritaria, sustos ou sangreira. Sua opção narrativa é pelo mistério e pela construção lenta e gradual de suspense e suspeitas. Inclusive evita a explicação óbvia e deixa os significados em aberto. É discretíssimo e envolvente em sua lenta construção. Nada a ver com Frankenstein como poderíamos supor pelo título, mas com O Bebê de Rosemary talvez tenha, talvez ... aquela figura ali no canto do quarto ...

• A referência  Bebê de Rosemary também é perceptível no cartaz.

Expectativa 😈😈   Realidade 😈😈😈

Shelley

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