Schock (Itália, 1977)
Diret Mario Bava, com Daria Nicolodi, John Steiner, David Colin, Ivan Rassimov.
Histérica, surtada! Cult de horror italiano do grande mestre Mario Bava já em sua fase final de carreira (eu ia escrever declínio, mas Bava não teve declínio!). O casal Dora e Bruno e seu filho pequeno, mudam-se para uma casa nova. Dora acaba de sair de uma clínica de recuperação a dependentes de drogas e o casal quer iniciar nova fase na vida. Mas, nas ausências do marido, a estabilidade de Dora entra em progressivo colapso. Suas visões e delírios colocam em risco a sua segurança e a de seu filho Marco, que parece cada vez mais influenciado por alguma presença na casa.
Suspense de conteúdo mínimo, mas de exploração imagética notável. Como em todo filme de Mario Bava, Schock é uma beleza visualmente. A atmosfera reclusa e sombria oprime o filme todo. Sua atmosfera depressiva ainda hoje incomoda em sua eficiência. O roteiro inclui os ingredientes esperados no gênero: demência, segredos do passado, casa assombrada, mas resulta em um trabalho muito original e que não ficou preso a sua época.
Seguindo a era pós-Deep Red, a trilha sonora é do grupo progressivo Libra. Curiosamente, Schock antecipou a onda moderna das tramas com inversão de expectativa. Parece mas não é! (como em Casa dos Sonhos, Os Outros). Mas a escola européia tem o surrealismo na bagagem e enquanto muitos filmes precisam explicar, racionalizar e concluir, Bava apenas deixa o garoto Marco brincando com seu amigo imaginário na balança. Chupa Babadook!
• Cena preferida: Daria Nicolodi abrindo a janela emparedada!
• Daria Nicolodi (sra Dario Argento), bela e maravilhosa, sustenta o filme e dá peso extra aos delírios com seus gritos.
• Ivan Rassimov é o Wilson Grey italiano, trabalhou em todos os filmes.
...Daria, esse filme é pra você... |
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