Subconscious Cruelty (Canadá, 2000)
Diret Karim Hussain.Era pra ser terror de arte? Surrealismo e simbolismo em uma produção que provocou polêmica? Pelo menos a intenção parece que era essa. O monólogo de abertura sugere a exploração do embate entre a racionalidade e a intuição (lado direito e esquerdo de cérebro) e o filme tentou ir longe em sua estética chocante. A polêmica gerada pelo filme certamente decorreu da cena com o recém-nascido e pelas imagens blasfemas envolvendo imagens religiosas.
Mas sabe aquelas produções em que o experimentalismo substitui um roteiro mais consistente? Aquelas em que a intenção é mais evidente do que o resultado? Aquelas em que estudantes de artes cênicas cumprem o estágio rolando na sujeira e se lambuzando de sangue. Então, o filme se perde aí. Tem relações com Lynch, Ken Russel e talvez Kenneth Anger (exagerei?!). O diretor é também fotografo e o filme é muito darioargentiano com suas luzes e cores saturadas.
Divide-se em quatro capítulos distintos: 1.homem mantem sua irmã grávida encarcerada, prestes a parir e divaga sobre a existência e a morte, 2.homem solitário se masturba vendo videos pornográficos e tem delírios de mutilação genital, 3.grupo de pessoas rasteja na grama e encontra fontes de sangue, 4.grupo de mulheres ataca a figura de Cristo.
O alternativo é importante e sempre é bem vindo, mas o resultado aqui não correspondeu a pretensão. Às vezes choca. Na maioria das vezes cansa. Então, não foi desta vez que o lado direito destruiu o esquerdo.
• A maior surpresa: foi feito no Canada!
• Karim Hussain dirigiu o igualmente pretensioso Ascension (2002). Isso aí, vai tentando Karim.
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