8 de fevereiro de 2017

Shock

Shock (BRA, 1984)

Diret Jair Correia
Com Aldine Muller, Claudia Alencar, Mayara Magri, Elias Andreato.

Shock

É gênero, só que não! Suspense brasileiro que teve sua merecida acolhida nos cinemas da época. Depois de uma noitada festiva em uma casa de campo, grupo de jovens fica sem transporte e opta por passar a noite no local. Mas um assassino entre os convidados da festa também permanece na casa. O grupo precisa se proteger em um dos comodo e tentar escapar do maníaco.

Tentativa brazuca de fazer a linha thriller dos anos 80 (Jason e semelhantes) com os erros que seriam habituais e esperados em uma produção made in Brazil: produção fraca, direção de atores mais ou menos, diálogos ruinzinhos, muita sombra para disfarçar a pouca cenografia, maaas... Shock consegue agarrar com vontade de killer a essência do que é feito o cinema: a atenção continuada! Essência da narrativa. Essência do suspense. Você pode reclamar criticamente do que for, mas a narrativa esta lá. E as invenções visuais, tão importantes e fundamentadoras do cinema (e especialmente do cinema de suspense), também estão lá: a atenção aos pés como protagonistas, o cuidado com a luz azul, o assassino tocando bateria errado só pra irritar. E tem a cena do rato! A cena do rato é clássica e no cartaz, o rato era desenhado pelo grande ilustrador Jayme Cortez!

Aldine Muller e Claudia Alencar acrescentam a beleza e a fragilidade também importantes ao gênero e Mayara Magri em começo de carreira, morre que é uma beleza! No minguado mercado brasileiro, que por alguma misteriosa razão tem um medo ridículo de assumir a produção de gênero, Shock recebeu (e continua recebendo) a simpatia de um público órfão de bons exemplos. Veja aqui uma entrevista muito legal com o diretor.

Expectativa 😈😈    Realidade 😈😈

"Como assim, não precisa tirar a roupa!?!"

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