The Committee (Inglaterra, 1968)
Diret Peter SykesCom Paul Jones, Robert Lloyd.
Do you play bridge? Curiosa pérola do underground inglês que graças aos meios digitais foi redescoberta e devidamente disponibilizada. Paul Jones (do genial Privilege) viaja de carona em uma estrada deserta quando o carro quebra e o motorista precisa fazer reparos. Jones então decapita (!) o companheiro no capô e segue viagem sozinho até uma comunidade isolada onde conhece Robert Lloyd, diretor de um misterioso comitê. Com ele, Jones tem conversas sobre seu ingresso na organização, e especialmente sobre as estruturas sociais, seu funcionamento e forças que a mantem em atividade. O comitê aparentemente agrega pessoas e lhes confere missões específicas.
Media-metragem (50 minutos) que impressiona pela originalidade e por entrar nos questionamentos sócio-políticos que tanto tiveram significado na contracultura dos anos 60. Esteticamente também é notável, com sua insistência de câmera frontal e pontos de fuga centralizados (achavam que era só o Kubrick?). Estranho, fascinante e surreal, com bela fotografia em preto-e-branco. Não é um filme que pretende oferecer explicações e muita coisa fica solta para decifração do espectador. Jones se arrepende da decapitação e simplesmente costura a cabeça de volta!!! A troca de cabeças (como troca de identidades) está sugerida logo nos créditos de abertura e pode ser uma sugestão das manipulações secretas da organização. Será o comitê um braço de alguma organização controladora, com seus bancos de informação na aurora da era digital, reuniões de dirigentes e o agenciamento de pessoas para missões externas?
• A participação de Arthur Brown, cantando Nightmare em uma festa, e a trilha sonora do Pink Floyd dão um toque místico no que poderia ser apenas uma trama sobre poder e controle social. Arthur Brown e Pink Floyd no mesmo filme?! Golden Years é isso!
• O diretor Peter Sykes teve uma carreira irregular no suspense inglês, mas ainda faria filmes interessantes como Demônios da Mente e Uma Filha Para o Diabo.
• O diretor Peter Sykes teve uma carreira irregular no suspense inglês, mas ainda faria filmes interessantes como Demônios da Mente e Uma Filha Para o Diabo.
• O DVD (inglês) tem entrevistas com Sykes e o sociólogo Max Steuer que escreveu o roteiro.
Expectativa 😈😈 Realidade 😈😈😈😈
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