Night Terrors (Itália, 1981)
Diret Andrea Bianchi
Com, Mariangela Giordano, Karin Well, Gianluigi Chirizzi, Simone Mattioli, Peter Bark.
É ruim, mas é bom! Grande festival de desarranjos que tenta pegar carona um pouco atrasado na onda dos filmes de zumbis do final dos anos 70. Um professor faz escavações em uma cripta e inadvertidamente liberta grupo de mortos-vivos. Um grupo de visitantes que se reúne no casarão do professor será atacado pelo bando à solta pelas redondezas. Com essa premissa simplória o filme se resume ao que realmente interessa: o elenco preso no casarão e sendo dizimado pelos zumbis a cada ataque.
Sua grande virtude é a qualidade fotográfica na criação do clima adequado. O filme também não perde tempo com enrolação, os zumbis são soltos logo na sequência de abertura e lá pelos 18 minutos o pega-pega já começou. E na intenção de criar variedade de situações Night Terrors culmina numa bizarrice de eventos e detalhes típicos do cinema sleazy. Tem casais na cama como pornochanchada, tem a decapitação da empregada na janela, uma das mortes imita uma cena de Zombie com a mulher puxada pelos vidros quebrados de uma janela, tem erros de montagem quando Karin Well prende a perna na armadilha, e a trilha eletrônica tem efeitos de ficção cientifica retrô! Mais ainda: os zumbis aqui são articulados, organizam ataques, sabem usar ferramentas e escalar pelas colunas e vãos de paredes. Suas máscaras são as mais desajeitadas já feitas. Algumas são passáveis e adequadas ao filme, mas a sugestão dos dentinhos pintados de branco sobre a maquiagem preta, aí não dá! E o diretor insiste em focalizá-las em closes extremos.
Quer mais? Uma das mais notórias esquisitices de Night Terrors é a presença do ator anão Pietro Barzochini (Peter Bark) como o filho edipiano de Mariangela Giordano, que mastiga o seio da mãe no final! Mariangela, por sua vez, foi presença cult em filmes do gênero, contribuindo com strips ou sendo serrada em pedaços em Giallo a Veneza. O diretor Bianchi é um daqueles talentos B, artífices do baixo nível, que merece uma revisão mais atenciosa, fez curiosidades como Nude Per L'Assassino, Malabimba e o suspense Uma Fresta no Teto.
• Concluindo: Night Terrors é um acúmulo de erros muito divertido e não é sem motivo que se tornou um cult no decorrer dos anos.
• Também distribuído como Burial Ground.
• Foi lançado aqui em VHS como A Noite dos Mortos Vivos (sleazy never ends...).
• Concluindo: Night Terrors é um acúmulo de erros muito divertido e não é sem motivo que se tornou um cult no decorrer dos anos.
• Também distribuído como Burial Ground.
• Foi lançado aqui em VHS como A Noite dos Mortos Vivos (sleazy never ends...).
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