Hatchet (EUA, 2006)
Diret Adam Green
Com Joel David Moore, Tamara Feldman, Deon Richmond, Parry Shen, Kane Hodder.
Esse cara não é o Jason?! Terror que assume a abordagem pop e tenta uma recuperação dos modelos clássicos. Mais precisamente, modelos clássicos dos anos 80 (ou seja, slashers na linha Sexta Feira 13). Durante os festejos de carnaval em New Orleans, grupo de pessoas faz excursão a pântano assombrado. O tour é parte dos festejos e obviamente tudo vai dar errado: barco quebra, celulares ficam sem sinal, o líder é inexperiente, tempestade se aproxima. E no meio da encrenca, o grupo é atacado pelo espírito de Victor Crowley, um maníaco deformado que habita a região e mata qualquer um que se aproximar de sua cabana.
Terror-pipoca, assumindo a comédia e com participação ligeira de figuraças do gênero como Robert Englund, Tony Todd e Kane Hodder (Jason). Mas não é ruim. Assim como o tour oferecido aos turistas é uma atração do tipo "trem-fantasma", Hatchet assume de forma irreverente a linha "parque temático" e faz um divertido pastiche de temas de cinema de terror. A história se resume ao grupo buscando a saída do pântano e Crowley matando um a um. Termina em um corte súbito para fazer a ligação com Hatchet 2 (2010). E aí começa a perder a graça, literalmente: a sequência nem é cômica, demora uns 50 minutos pra acontecer alguma coisa e desfila mortes gratuitas para personagens desinteressantes.
Hatchet 3 (2013) consegue recuperar o clima do primeiro. Uma jornalista que estudou o caso da lenda do pântano pode ter a solução para o extermínio do fantasma de Crowley. Com mais elementos de roteiro o filme consegue uma dinâmica melhorzinha do que a parte 2. Mais uma vez repete o desfile de figuras cult com Caroline Williams (Massacre da Serra Elétrica 2), Zach Galligan (Gremlins), Kane Hodder e Syd Haig!
Nos três casos, a produção assumiu a proposta old school de efeitos com próteses, latex, nada de efeitos digitais e postura declarada: "não é refilmagem, não é sequência e nem é baseado em original japonês"! Mas apesar de todas as boas intenções, a trilogia vale mais pelo projeto do que pelo resultado.
• O ator Parry Shen aparece nos três filmes em personagens diferentes que sempre morrem.
• Os três filmes formam uma única sequência de ação contínua.
• Em 2017, o diretor Adan Green retomou a série com Victor Crowley (Terror no Pântano 4), que repete o espírito "eu tenho 12 anos", com escrotices, explicitações, escatologia, e parece que vai ter sequência...
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