The Autopsy of Jane Doe (ING, EUA, 2016)
Diret Andre Ovredal
Com Brian Cox, Emile Hirsch, Ophelia Levbond.
Meu corpo, minhas regras! Grande suspense do diretor norueguês Andre Ovredal, que já havia feito o divertido Troll Hunter na linha dos found footage e confirma seu talento neste inventivo Autopsy of Jane Doe. A maior surpresa é mesmo a sutileza com que o filme é conduzido, especialmente na primeira parte que tem um fascínio próprio e raramente visto no terror contemporâneo. O detalhismo e o cuidado narrativo destacam o filme como um dos grandes de seu período.
Pai e filho legistas estão encerrando seu dia de serviço quando recebem um corpo de uma jovem sem identificação (por isso ela é a Jane Doe, feminino de John Doe) para descobrir a causa da morte. E as descobertas escapam gradativamente do terreno do biológico para surpresa dos médicos. Como Jane Doe tem tantas marcas e lesões internas se externamente seu corpo está em perfeita condição? Agora, imagine o clima, com as descobertas da dupla em um necrotério situado nos porões de sua casa, durante o turno noturno e na mesma hora que vem uma tempestade! O filme então explora esse confinamento sem trégua em um grande trabalho em construção atmosférica.
É questionável que a segunda parte entre para o convencional do suspense/terror, mas o clima de expectativa e ameaça criado sem a habitual histeria já conta muito a favor do filme e do diretor. É questionável que algumas situações e surpresas pareçam forçadas e muito convencionais, mas o roteiro se encarrega de justificá-las e ajustá-las ao final em um conjunto muito bem arquitetado. Assim, a narrativa sustenta o interesse com relação a todas as dúvidas levantadas desde a abertura até o encerramento full circle!
Enfim, Autopsy of Jane Doe é uma ótima surpresa e um dos bons filmes do terror contemporâneo.
Expectativa 😈😈 Realidade 😈😈😈😈
Expectativa 😈😈 Realidade 😈😈😈😈
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