Hausu (Japão, 1977)
Diret Nobuhiko Obayashi
Com Kimiko Ikegami, Miki Jimbo, Eriko Tanaka.
A casa maluca! Curiosa produção japonesa que ultrapassou todas as outras curiosas produções japonesas. Bizarro seria a palavra para definir Hausu (House). Mas não há gramática suficiente para se definir esse filme, o que pode ser até uma virtude. Sua construção estética desafia descrições. O filme é uma fantasia, que estranhamente assume a linguagem de programas de TV, assume o humor, a trilha sonora pop/brega e convenções góticas de filmes de casarão assombrado.
Mas não tem narrativa reconhecível em qualquer formato que seja: as sequências narrativas são estranhíssimas, os movimentos de câmera também, assim como a edição de som (o tema musical se repete infinitamente). Foi todo rodado em estúdio e utiliza efeitos de vídeo de primeira geração, como chroma-keys medonhos, zooms exagerados, recortes e sobreposições grosseiras.
É quase uma sitcom de horror sobre grupo de garotas passando temporada no casarão da misteriosa tia de uma delas, que vive com seu angorá mágico. O diretor utilizou ideias de sonhos e delírios de sua filha de 10 anos! É possível que Hausu tenha sido produzido para a TV. O diretor trabalhou com comerciais. A proporção de tela é de 4:3. Enfim, é uma curiosidade de época, para incuráveis fãs de esquisitices em cinema. A cena da garota que morre mastigada pelo piano é algo que precisa ser visto! Vale repetir: aqui a coisa é bizarra! E termina em uma mensagem de amor e uma canção hippie!
Por algum motivo Hausu ganhou notoriedade com o tempo, tornando-se um dos mais hilários e indefiníveis cult movies da história do cinema. Uma espécie de Plan 9 From Outer Space da era do videotape!
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