Ravenous (EUA, UK, 1999)
Diret Antonia Bird
"Quando um homem come a carne de outro homem,
ele absorve suas forças, seu espírito. Eu tinha que experimentar..."
Por um punhado de carne! Depois de muita apelação de baixo nível tentando fazer faroestes com elementos de terror, o sub-gênero teve uma produção finalmente decente neste Ravenous. Um homem não identificado e à beira da morte é socorrido em um forte confederado. Ele relata sobre os possíveis sobreviventes de seu grupo e uma patrulha é mandada para resgatá-los. Mas uma reviravolta no resgate vai dizimar o grupo. Depois de dispersos o capitão Boyd (Pearce) terá que recorrer ao canibalismo para poder sobreviver e voltar à segurança do forte. E o filme chega a seu ponto chave quando cita a crença indígena do windigo, o ato canibal de comer a carne de seu oponente e lhe roubar a alma e a força.
Curiosa aventura com estrutura de roteiro bem diferente em sua construção dramática: tem várias curvas de ascensão interna e inversões de expectativa. Robert Carlyle compõe seu personagem quase como um vampiro. Jeffrey Jones (o diretor da escola de Curtindo a Vida Adoidado) sempre acrescenta algo de humor em seu personagem. Só faltou o Guy Pearce se esforçar um pouquinho em seu personagem apático. Ravenous não é o melhor do faroeste-terror, mas é tão diferente que provoca simpatia em sua forma meio desleixada e nas citações como o duelo final, que aqui é traiçoeiro e com uso de espada ao invés de duelo a tiros. Sujo e orgânico como um bom western. Sangrento e mórbido como um bom terror.
Curiosa aventura com estrutura de roteiro bem diferente em sua construção dramática: tem várias curvas de ascensão interna e inversões de expectativa. Robert Carlyle compõe seu personagem quase como um vampiro. Jeffrey Jones (o diretor da escola de Curtindo a Vida Adoidado) sempre acrescenta algo de humor em seu personagem. Só faltou o Guy Pearce se esforçar um pouquinho em seu personagem apático. Ravenous não é o melhor do faroeste-terror, mas é tão diferente que provoca simpatia em sua forma meio desleixada e nas citações como o duelo final, que aqui é traiçoeiro e com uso de espada ao invés de duelo a tiros. Sujo e orgânico como um bom western. Sangrento e mórbido como um bom terror.
Em uma cena bastante curiosa, Jeffrey Jones discursa sobre a força proporcionada pelo consumo do espírito alheio tendo uma bandeira americana muito evidente ao fundo! Será crítica ou afirmação?
O mix de terror e faroeste parece já constituir um sub-gênero merecedor de revisão. Clint Eastwood havia feito um espírito vingador em Pale Rider e O Estranho Sem Nome que pode ter sido influenciado por Django, Il Bastardo. E Lee Marvin era morto por um espírito em um episódio western de Além da Imaginação. O cinema B tem diversos exemplos como The Shadow of Chikara, Sundown: The Vampire in Retreat... Enfim, tem alguma história a ser pesquisada no terror-western.
• A diretora inglesa Antonia Bird tem sua carreira mais voltada a produções de TV.
• Música folk do minimalista Michael Nyman.
• Música folk do minimalista Michael Nyman.
• Melhor cena: para fugir de seu atacante, Guy Pearce vira Rambo e pula do penhasco sobre as árvores próximas!
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