4 de junho de 2017

Plataforma do Medo

Creep (EUA, 2004)

Diret Christopher Smith
Com Franka Potente, Sean Harris, Vas Blackwood, Craig Fackrell.

Plataforma do Medo

Corre Lola, no metrô! Franka Potente perde sua carona na saída de uma festa e precisa usar o metrô, só que ... tomou umas a mais e dorme no banco de espera da estação. Quando acorda, está sozinha. O Metrô fechou com ela dentro! Na tentativa de encontrar uma saída ela se perde pelos corredores e galerias subterrâneas até ser perseguida por um maníaco deformado que faz vítimas pelos subterrâneos que se conectam.

Amalucada fantasia urbana que cumpre muito bem sua proposta. Longa de estréia do diretor Smith que faria mais coisas legais no terror/suspense (Triangulo do Medo, Morte Negra). Creep faz dos não-lugares urbanos internacionalmente reconhecíveis (avenidas, metrôs, escadas rolantes) seu ambiente de criação atmosférica e confinamento. 

E atmosfera é o que não falta ao filme, nos subterrâneos labirínticos o assassino deformado (possivelmente o filho demente de um doutor) persegue suas vítimas em um pesadelo sem fim! Como assim? Ninguém nunca viu esse cara pelos subterrâneos nem nunca deu falta das vítimas? Os corredores e sub-câmaras não tem fim? A situação é absurda? Dane-se: como uma fantasia macabra o filme tem sua força na estética contrastante entre o reconhecível urbano (a estação) e o mundo invisível dos subterrâneos, dos sem-teto, dos locais onde a administração não chega (o segurança percebe quando é tarde demais). 

Mas, sem maiores discursos sociais, o filme é um thriller bem divertido para quem se deixar levar pelo clima de pesadelo que é muito bem construído. A aparição do assassino sob a luz da lanterna, por exemplo, dispensa o jump scare e genialmente subverte o clichê. Creep é um terror cosmopolita que vale cada minuto da viagem!

Expectativa 😈😈    Realidade 😈😈😈

Plataforma do Medo
Que fazer quando a luz no fim do túnel é um trem?!...


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