Baskin (Turquia, 2015)
Diret Can Evrenol
Com Mehmet Cerrahoglu, Gorkem Kasal, Ergun Kuyucu.
Baskin at the moon! Co-produção entre Turquia e EUA. Uma sinistra figura encapuzada abre o filme carregando um balde de conteúdo suspeito. A figura pára na porta de um bar de estrada onde uma unidade de policiais faz uma pausa no seu turno da noite. Na continuidade do serviço pelas estradas escuras a patrulha atropela um passante na estrada e caem em um charco. Carro quebrado, o jeito é continuar a pé até a estação de polícia próxima e pedir socorro. Alguns estranhos moradores locais indicam o caminho. E o caminho leva a um posto policial abandonado! Ao investigar o local o grupo entra em uma dimensão de delírios, violência e descobrem uma seita de Magia Negra e canibalismo! E quando encontram uma multidão de corpos, mutilados, ensanguentados, pendurados, enjaulados... hora de correr!
Primeiro longa do diretor Evrenol que já tem mais dois projetos em andamento. Filme surpresa que emprega elementos da narrativa e estética tipica dos contemporâneos: luz naturalista, explicitação de violência e escatologia etc. Mas escapa muito bem de clichês com sua estrutura fílmica incomum. Lança suspeitas por todo o tempo narrativo, como a figura encapuzada da abertura, as rãs que aparecem com frequência, o cozinheiro preparando bifes. E vai levando adiante sua estrutura de labirinto e detalhes surrealistas como a aranha que sai da boca de um morto (é seu espírito atormentado?), ou a chave que brota de uma mutilação!
Também tem um rendimento muito bom em todos os elementos que utiliza: o naturalismo, os desfoques, as filmagens no velho prédio só com a iluminação de lanternas e o horror explícito no final com olhos perfurados, coitos com entidades e situações que retornam em labirintos circulares! O melhor de tudo é que não parece aquele filme que enrola para disfarçar os poucos recursos, mas que empurra a narrativa adiante com inovações constantes. Turkish delight!
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