Black Christmas (EUA, 1974)
Diret Bob Clark
Com Olivia Hussey, Margot Kidder, Keir Dullea, John Saxon.
Jingle kill, jingle kill! Clássico do suspense americano. Um maníaco se esconde em um casarão que serve como república feminina. As garotas estão em férias natalinas e recebem telefonemas obscenos frequentes dele. Logo serão atacadas pelo assassino. Olivia Hussey é a figura central, está em crise com o namorado Keir Dullea, um estudante de piano bastante emocional e instável.
Se esse resumo não entusiasma muito, basta considerar que Black Chirstmas é um dos mais inventivos suspenses do cinema moderno! A perfeição na dosagem de informação e a articulação narrativa são exemplares de um filme feito com invejável domínio cinematográfico.
Se há algo a ser questionado talvez seja os intervalos de humor (a dona da casa alcoólatra, o policial ingênuo, as piadas de Margot Kidder), mas o filme progride genialmente para um excelente acúmulo de suspense em um grande exemplo do chamado slow burn. Para isso, faz uso perfeito da fotografia sombria pelo casarão, o sótão empoeirado para onde as vítimas são levadas, os POV do maníaco pelos ambientes da mansão, as vozes distorcidas nas chamadas telefônicas e principalmente sua estrutura incomum de montagem que parece equivaler à loucura do assassino infiltrado. O uso de som é inovador: uma vez que desconfiamos do jovem pianista, a trilha usa glissandos direto nas cordas do piano em efeito climático original.
Se esse resumo não entusiasma muito, basta considerar que Black Chirstmas é um dos mais inventivos suspenses do cinema moderno! A perfeição na dosagem de informação e a articulação narrativa são exemplares de um filme feito com invejável domínio cinematográfico.
Se há algo a ser questionado talvez seja os intervalos de humor (a dona da casa alcoólatra, o policial ingênuo, as piadas de Margot Kidder), mas o filme progride genialmente para um excelente acúmulo de suspense em um grande exemplo do chamado slow burn. Para isso, faz uso perfeito da fotografia sombria pelo casarão, o sótão empoeirado para onde as vítimas são levadas, os POV do maníaco pelos ambientes da mansão, as vozes distorcidas nas chamadas telefônicas e principalmente sua estrutura incomum de montagem que parece equivaler à loucura do assassino infiltrado. O uso de som é inovador: uma vez que desconfiamos do jovem pianista, a trilha usa glissandos direto nas cordas do piano em efeito climático original.
Black Christmas também é notável em sua manipulação das convenções de suspense conseguindo ser surpreendente do começo ao fim. A figura que atravessa a cena logo nos créditos de abertura pode ser o assassino. E as charadas cinematográficas seguem pelo filme todo com mortes acontecendo dentro e fora da casa. Na questão "matança geral" fica a dúvida se Olivia escapou ou não, uma vez que ela continua na casa depois da saída da polícia!
Outro ponto forte é a fragmentação de cena, dividindo a percepção espacial entre luzes e sombras em uma genial inversão do que a estética natalina tem de encantadora. Aqui e percepção é conduzida a um mundo macabro de ameaça e insegurança.
• Possivelmente este é o melhor filme do diretor Bob Clark que no mesmo ano faria outro famoso cult: o excêntrico Dead of Night.
• Black Christmas e considerado um dos pioneiros americanos do gênero slasher.
• Cena ícone: o olho do maníaco na porta entreaberta.• Ícone 2: a garota sufocada no plástico.
• Melhor crime: um unicórnio de cristal usado como se fosse um punhal (fálico?).
• Era o suspense preferido de Elvis Presley que o via todo fim de ano. Sua família preserva essa tradição até hoje (trivia IMDB).
• Foi refilmado em 2006, mas ainda não tive coragem de ver o que fizeram.
Expectativa 😈😈😈 Realidade 😈😈😈😈😈
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