Possessão

The Possession (EUA, 2012)

Diret Ole Bornedal
Com Jeffrey Dean Morgan, Natasha Calis, Kyra Sedgwick, Madison Davenport.

No piloto automático. Em uma quermesse comunitária, a jovem Emily compra uma misteriosa caixa de madeira. Muito antiga e com misteriosas inscrições, a caixa fascina a jovem. Emily passa por um período emocionalmente bem difícil por causa da separação dos pais e encontra na caixa uma espécie de escape pelo mistério. O objeto parece exercer um domínio cada vez maior sobre a garota a ponto dela descobrir uma amiga imaginária vivendo em seu interior. Mas o que ela realmente deixa sair é um demoníaco espírito, um dibbuk que quer se apossar dela. Seu pai (o Negan de Walking Dead) é o primeiro a perceber a alteração no comportamento da filha e pede ajuda a um rabino para exorcizar o mal.

Parece que o gênero terror vai encontrando seus sub-gêneros de conteúdos próprios e formando linhas de produção segmentadas. Aqui temos mais um suspense variando sobre possessão de garotas com todas as regrinhas de roteiro: instabilidade emocional da família, busca de ajuda mística, o amor vence o mal, e por aí vai. A leitura mais óbvia é a da estrutura familiar que quando desestabilizada permite a manifestação do mal. Pelo menos desta vez buscou-se uma variação religiosa: o espírito é um dibbuk de origem judaica e não é mais um óbvio diabo católico.

Enquanto cinema, The Possession é um curioso mix equilibrando os clichês americanos a uma direção made in europe pelo diretor dinamarquês Ole Bornedal. Infelizmente o filme ficou em cima desse muro e não satisfaz nem como alternativa sofisticada nem como terror-pipoca. A mão de Sam Raimi na produção parece que não surtiu maior resultado. Tem seus bons momentos, como a face de Emily distorcida através dos vidros, e tem uma construção mais equilibrada do que a média, mas também tem suas passagens sem noção como a face do demônio que aparece no exame radiológico!!! E tem alguns pontos soltos discutíveis: quem entrou/saiu pela porta de cachorro? O padrasto de Emily morreu ou só fugiu?

Como pontos positivos: destaque à trilha musical old school de Anton Sanko que é muito eficiente, mas o filme deve tudo à jovem Natasha Calis que segura o drama muito bem como a possuída Emily.

Expectativa 😈😈     Realidade 😈😈

"Não dá pra exorcizar com taco de baseball?...