A Filha de Satã

Burn Witch Burn (Inglaterra, 1962) 

Diret Sidney Hayers
Com Janet Blair, Peter Wyngarde, Margareth Johnston, Anthony Nicholls.

Virei clássico! Ótima fantasia que resistiu bem ao tempo. Peter Wyngarde é um professor de Sociologia que defende a racionalidade absoluta em suas aulas. Cético, metódico, bem situado em sua comunidade e com uma bela e dedicada esposa em casa, Peter entra em choque quando descobre uma série de amuletos místicos escondidos pelas gavetas e cômodas de sua residência. Sua devotada esposa cultua a magia em todos esses anos de casamento! Peter a convence a se desfazer das bugigangas inúteis e queimar tudo na lareira. Aí a vida regrada do professor terá uma inesperada reviravolta que até pode por a vida de sua esposa em risco. Com a proteção desativada, os que não querem o professor lecionando podem ter a chance que precisavam para se livrar dele.

Obscuro e cultuado, Burn Witch Burn é daqueles casos de filme B de produção simplezinha, mas que esbanjou talento técnico em direção e fotografia climática. Seu alcance atmosférico é invejável e rivaliza com grandes filmes como Curse of the Demon. Seu equilíbrio visual entre o gótico e o contemporâneo é notável e surpreende as ousadias em considerar cultos secretos atuando na sociedade contemporânea. Hoje é quase inevitável referencia-lo como clássico.

É possível que não tenha tido muita exposição por não pertencer a nenhum dos três grandes estúdios ingleses do período (Hammer, Amicus, Tigon), mas garantiu seu honroso posto cult na história do gênero.

Sidney Hayers foi um prolífico diretor de filmes populares em diversos gêneros. Dirigiu thrillers bem legais como Terror Mortal (1975), Diagnóstico: Homicídio (1975) e Assault (1971) também conhecido como Creepers (Terror no Bosque) que saiu aqui em VHS e todo mundo confundiu com o Creepers/Phenomena de Dario Argento.

• Melhor cena: a águia de pedra ganha vida e ataca o professor.

• Melhor referência gótica: o professor visita a cripta.

Expectativa 😈😈    Realidade 😈😈😈😈