Hush (EUA, 2016)
Diret Mike Flanagan
Com Kate Siegel, John Gallagher Jr, Michael Trucco, Samantha Sloyan.
Silent movie! Maddie é uma jovem deficiente auditiva que vive isolada em uma casa de campo e com vizinhos distantes. Ela precisa terminar o texto de seu novo livro, mas um maníaco mascarado irá interferir em sua rotina ao mantê-la presa no local. Sem comunicação e com o maníaco rondando a casa armado (besta e faca), Maddie terá que se virar como pode para se defender e esperar por ajuda.
Grande suspense do diretor Flanagan, feito depois do igualmente bom O Espelho. Hush é econômico de meios e um notável exercício em suspense e confinamento. Também é exemplar em sua narrativa com um mínimo de diálogos e concentração em encadeamento visual.
Depois que a vizinha é atacada e Maddie está sozinha em casa e sem telefone, o filme não tem diálogos! No decorrer, só insere fala entre personagens aos 52 minutos, quando um outro vizinho aparece! Uma ousadia que geralmente não é bem recebida pelo público americano. Mas com um roteiro criativo e situações perfeitamente adequadas a fluência e atenção do filme estão garantidas.
O embate físico entre os dois personagens ao final, também é muito bem estruturado. Só tem coisa boa nesse filme? Nem tanto: a questionar apenas alguns red herrings que prejudicam um pouco o conjunto tão cuidadosamente construído. Essas dúvidas de Maddie, na sequência final de suspense, ficam um pouco forçadas naquele momento em que a construção dramática já está funcionando plenamente.
Destaque especial a Kate Siegel (esposa do diretor Flanagan) que sustenta praticamente sozinha todo o drama e suspense do filme. Os dois também foram responsáveis pelo roteiro que teve declarada influência de Wait Until Dark (Um Clarão nas Trevas, 1967).
• Melhor cena: o maníaco tira a máscara! Putz, é o John Gallagher! Ah não...
• Melhor surpresa: Maddie rouba a arma e reverte o jogo.
• Melhor agonia: a vizinha na porta pedindo socorro, e Maddie nem aí...
• Citação: Maddie tem um Stephen King na estante. Flanagan iria adaptar o autor no bem recebido Jogo Perigoso (2017) e no mais-ou-menos Doutor Sono (2019).
• Melhor agonia: a vizinha na porta pedindo socorro, e Maddie nem aí...
• Citação: Maddie tem um Stephen King na estante. Flanagan iria adaptar o autor no bem recebido Jogo Perigoso (2017) e no mais-ou-menos Doutor Sono (2019).
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