Gerald's Game (EUA, 2017)
Diret Mike Flanagan
Com Carla Gugino, Bruce Greenwood, Henry Thomas.
Eu sou minha própria vilã! Jessie e Gerald passam uma temporada em seu chalé no bosque para... brincadeiras de casal. Estão casados o tempo suficiente para a relação precisar de aditivos e disfarçar a monotonia. Pelo menos para Gerald, que na condição do macho racionalizador, conduz a operação, sem deixar faltar na brincadeira as algemas que tanto servem a variação apimentada nas intimidades do casal quanto significam dominação sobre Jessie. E ele parece se dar muito bem na figura do dominador masculino. Mas, o inesperado... Gerald sofre um ataque e cai aos pés da cama deixando a pobre esposa algemada! Os vizinhos estão muito longe, e é provável que Jessie não aguente viva até alguém dar por falta do casal e iniciar uma busca.
Cansada e desnutrida ela passa a ser atormentada por seu inconsciente, ora em processos racionais, outros em momentos apavorantes de desespero e visões. E quanto mais Jessie dialoga com suas personas e as do marido (ou pelo menos a persona que ela conhece do marido), lembranças de sua juventude voltam a ela em um longo, penoso e traumático processo de auto-análise. É o que acontece quando a morte lambe seu pé e você não tem pra onde correr!
Ótima adaptação do romance de Stephen King em um roteiro e direção exemplares de condução dramática. Certamente já merecedor de inclusão na lista das melhores adaptações do autor para o cinema. O roteiro genial faz uma rara inversão na busca de conflito interno do personagem como conflito central do filme! No confinamento físico da situação, Jessie só tem a si mesma como parceira de cena! Ela é sua própria antagonista, conselheira e heroína. Mas mesmo assim, o filme consegue colocar mais um misterioso personagem pelas sombras da casa... Vendo coisas, Jessie?
No elenco cuidadosamente selecionado, Bruce Greenwood repete seu habitual tipo de mala burocrático e Henry Thomas é o pai inútil/pervertido de Jessie. Sobra para Carla Gugino sustentar o filme e ela se dá excepcionalmente bem na tarefa ao passar pelos diversos estados emocionais da personagem. E o diretor Mike Flanagan se supera no thriller minimalista que ele já havia experimentado com ótimos resultados em Oculus e Hush.
Cansada e desnutrida ela passa a ser atormentada por seu inconsciente, ora em processos racionais, outros em momentos apavorantes de desespero e visões. E quanto mais Jessie dialoga com suas personas e as do marido (ou pelo menos a persona que ela conhece do marido), lembranças de sua juventude voltam a ela em um longo, penoso e traumático processo de auto-análise. É o que acontece quando a morte lambe seu pé e você não tem pra onde correr!
Ótima adaptação do romance de Stephen King em um roteiro e direção exemplares de condução dramática. Certamente já merecedor de inclusão na lista das melhores adaptações do autor para o cinema. O roteiro genial faz uma rara inversão na busca de conflito interno do personagem como conflito central do filme! No confinamento físico da situação, Jessie só tem a si mesma como parceira de cena! Ela é sua própria antagonista, conselheira e heroína. Mas mesmo assim, o filme consegue colocar mais um misterioso personagem pelas sombras da casa... Vendo coisas, Jessie?
No elenco cuidadosamente selecionado, Bruce Greenwood repete seu habitual tipo de mala burocrático e Henry Thomas é o pai inútil/pervertido de Jessie. Sobra para Carla Gugino sustentar o filme e ela se dá excepcionalmente bem na tarefa ao passar pelos diversos estados emocionais da personagem. E o diretor Mike Flanagan se supera no thriller minimalista que ele já havia experimentado com ótimos resultados em Oculus e Hush.
• Cheio de referências à obra de King (Cujo, Dolores Claiborne)
• Melhor cena: a "morte" aparecendo das sombras!
• Agoniaaaa: a mão passando pela algema!!!
• Menção honrosa: o assustador cachorro do mato!
Expectativa 😈😈😈 Realidade 😈😈😈
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