The Addiction (EUA, 1995)
Diret Abel Ferrara
Com Lily Taylor, Annabella Sciorra, Christopher Walken, Edie Falco.
"Meu vício é controlado pela minha vontade"
Vampiros eruditos! Lily Taylor trabalha em sua pesquisa de doutorado e é atacada por uma vampira ao voltar para casa à noite. Em sua transformação e adaptação à nova situação, ela passa por um tormento moral entre entregar-se à nova condição ou resistir e por um fim em sua existência. Então temos um terror-chic, um terror-de-arte que discute a condição da vida como uma imposição condicional. Podemos resistir a essa imposição? Até podemos. A morte é uma opção, mas o medo subvertido em "vontade de viver" pode ser mais forte.
Lily perambula pela noite arrastando suas vítimas e até amigos próximos para becos escuros e "convertendo" todo mundo! Em um momento de surto tipicamente "cold turkey", Lily se contorce caída na calçada e o filme sugere dramaticamente que dependência e vida estão indelevelmente ligados. Tanto as síndromes de abstinência quanto as de aceitação são torturantes seja qual for a situação! Christopher Walken parece ser o único ajustado à condição por sua erudição. Sua saída não é a rejeição ou a morte, mas sim a análise e a curiosidade.
Lily perambula pela noite arrastando suas vítimas e até amigos próximos para becos escuros e "convertendo" todo mundo! Em um momento de surto tipicamente "cold turkey", Lily se contorce caída na calçada e o filme sugere dramaticamente que dependência e vida estão indelevelmente ligados. Tanto as síndromes de abstinência quanto as de aceitação são torturantes seja qual for a situação! Christopher Walken parece ser o único ajustado à condição por sua erudição. Sua saída não é a rejeição ou a morte, mas sim a análise e a curiosidade.
E Ferrara povoa a tela com vampiros filosóficos e existencialistas e repete seu gosto pelo visual urbano decadente. Nova York em becos escuros, noturnos e fotografados em belo preto-e-branco constituem a atmosfera visual do filme. Christopher Walken cita Sartre e Nietzsche e Lily Taylor tem uma festa de graduação regada a muito sangue.
The Addiction não é tão grande quanto poderia, nem tão violento. Mas é um notável exercício em agonia, entre os grandes trabalhos na carreira irregular do diretor.
• Melhor cena: monólogo de Christopher Walken, ué.
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