Venom (Inglaterra, 1971)
Diret Peter SykesCom Simon Brent, Neda Arneric, Sheila Allen, Derek Newark, Gerhard Heinz.
Sykes, o esquisitão! Obscuro suspense inglês de um diretor eternamente outsider. Paul é um pintor trabalhando em paisagens pelo interior da Alemanha e conhece a misteriosa Anna, jovem que vaga pelos arredores do vilarejo onde ele está hospedado. A câmera fotográfica de Paul (com fotos da jovem) é roubada e suas tentativas de descobrir mais sobre Anna são impedidas pelos locais. Anna vive quase como uma selvagem e os que dela se aproximam são atacados e mortos por aranhas!
Pela data e nacionalidade já dá pra ter uma noção de Venom: thriller inglês típico de seu período, com a estrutura de roteiro igualzinha a de inúmeras produções do gênero. Então temos Paul investigando pelos bosques, habitantes supersticiosos, todos falam vagamente sobre Anna, em um casarão isolado fazem experiências científicas secretas e, como clichê supremo, termina em um incêndio. Só que... Venom tem direção do eterno alternativo Peter Sykes e o cuidado gráfico do filme o destaca entre os grandes de seu tempo. Poucas vezes a fotografia capturou tão bem o naturalismo selvagem de seu ambiente, e como habitual ao trabalho de Sykes, aqui o filme também se beneficia de construções ligeiramente estilizadas de enquadramentos para deslocamento perceptivo e mistério.
Seu mérito é a autenticidade visual que imprime um senso de perigo eminente bastante difícil de se conseguir. Também é interessante por não ser mais um gótico de época. A maior falha é do roteiro que acrescenta o detalhe científico um pouco tarde e não deixa nada muito claro. O cientista pode ser um ex-nazista e Anna é sua filha, que perece servir à experiências com venenos de aranha. A montagem se perde um pouco no terço final e na aceleração da conclusão, o que contribui para a esquisitice geral, mas é fácil perdoar o resultado, considerando a posição alternativa do diretor na história do gênero. Seja como for, é um filme pouco visto e imprescindível para quem curte esse período do terror inglês. E tem muito mais a seu favor do que pode supor qualquer revisão. Entre os rótulos "clássico" e "esquisito", Venom merece reconhecimento "cult".
Seu mérito é a autenticidade visual que imprime um senso de perigo eminente bastante difícil de se conseguir. Também é interessante por não ser mais um gótico de época. A maior falha é do roteiro que acrescenta o detalhe científico um pouco tarde e não deixa nada muito claro. O cientista pode ser um ex-nazista e Anna é sua filha, que perece servir à experiências com venenos de aranha. A montagem se perde um pouco no terço final e na aceleração da conclusão, o que contribui para a esquisitice geral, mas é fácil perdoar o resultado, considerando a posição alternativa do diretor na história do gênero. Seja como for, é um filme pouco visto e imprescindível para quem curte esse período do terror inglês. E tem muito mais a seu favor do que pode supor qualquer revisão. Entre os rótulos "clássico" e "esquisito", Venom merece reconhecimento "cult".
• Melhor foto: o movimento de câmera pelo bosque e o beijo contra a luz do sol.
• Esquisitice: prólogo em filtro verde!
• Esquisitice: prólogo em filtro verde!
• Primeiro longa do diretor, feito depois do cult Committee.
• Produzido pela "alternativa" Cupid Productions (Vanishing Point, Sympathy For the Devil)
• Confira um vídeo.
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