Naked Prey (EUA, 1965)
Diret Cornel Wilde
Com Cornel Wilde, Gert Van Der Berg, Ken Gampu.
Tarzan errado! Que figura o Cornel Wilde! Foi um ator sem maior expressão em dramas e filmes noir dos anos 50 e acabou mostrando-se um diretor visionário em suas poucas aventuras na direção. E aventura é a palavra para definir este Naked Prey, filmado na África e explorando um formato de cinema que só seria visto anos mais tarde por suas ousadias estéticas e leituras múltiplas.
Curiosamente o filme até antecede as aventuras de canibais do sleazy italiano que seriam feitas mais de dez anos depois! Na linha dos filmes "homem x natureza", Naked Prey conta a aventura do líder de um safari que perde o rumo em território africano. Os caçadores de marfim se desentendem com líderes tribais que vivem na região e são capturados quando desrespeitam as regras de caça. Cada um recebe uma sentença mortal e Cornel passará por uma prova de fuga, a "prova do leão" do título: se conseguir escapar dos caçadores, fica livre.
Então o filme inverte as relações exploratórias e o homem branco é posto pra correr pelos nativos! E a saga de Cornel é atravessar a savana escaldante para voltar a seu ponto de partida. E o filme atravessa seus 94 minutos com um invejável vigor narrativo. Com a diferença: tudo o que houve de romântico ou juvenil nas aventuras de Tarzan, família Robinson ou jungle adventures diversas, torna-se aqui um aflitivo pesadelo de sobrevivência na selva. Na selva, ou você come ou é comido! Um olho no predador e outro na presa! E na conjunção ecológica geral, o homem branco é o intruso, o deslocado, o estrangeiro. O diretor não economiza em violência e desconforto, desmitificando o encanto idealizado de cartão postal das savanas. Então temos: abate de elefantes, cenas brutais da vida selvagem, animais em luta predatória e torturas ritualísticas, que poderiam estar em um filme de Umberto Lenzi!
Sem economia ou intenção de atenuar a violência (a cena da pilhagem da carcaça do elefante pode ser especialmente incômoda) o filme levanta diversas questões, colonialistas, culturais, antropológicas e ainda é um espetáculo de cinema bem feito com belos quadros em scope clássico. Quer mais? Tem também suas ousadias com personagens sem nome, quase nenhum diálogo e extenuante trilha sonora em percussão étnica invertendo a prática das grandes trilhas românticas para aventuras épicas. Resumindo: Naked Prey não é filme teen para matinês.
Curiosamente o filme até antecede as aventuras de canibais do sleazy italiano que seriam feitas mais de dez anos depois! Na linha dos filmes "homem x natureza", Naked Prey conta a aventura do líder de um safari que perde o rumo em território africano. Os caçadores de marfim se desentendem com líderes tribais que vivem na região e são capturados quando desrespeitam as regras de caça. Cada um recebe uma sentença mortal e Cornel passará por uma prova de fuga, a "prova do leão" do título: se conseguir escapar dos caçadores, fica livre.
Então o filme inverte as relações exploratórias e o homem branco é posto pra correr pelos nativos! E a saga de Cornel é atravessar a savana escaldante para voltar a seu ponto de partida. E o filme atravessa seus 94 minutos com um invejável vigor narrativo. Com a diferença: tudo o que houve de romântico ou juvenil nas aventuras de Tarzan, família Robinson ou jungle adventures diversas, torna-se aqui um aflitivo pesadelo de sobrevivência na selva. Na selva, ou você come ou é comido! Um olho no predador e outro na presa! E na conjunção ecológica geral, o homem branco é o intruso, o deslocado, o estrangeiro. O diretor não economiza em violência e desconforto, desmitificando o encanto idealizado de cartão postal das savanas. Então temos: abate de elefantes, cenas brutais da vida selvagem, animais em luta predatória e torturas ritualísticas, que poderiam estar em um filme de Umberto Lenzi!
Sem economia ou intenção de atenuar a violência (a cena da pilhagem da carcaça do elefante pode ser especialmente incômoda) o filme levanta diversas questões, colonialistas, culturais, antropológicas e ainda é um espetáculo de cinema bem feito com belos quadros em scope clássico. Quer mais? Tem também suas ousadias com personagens sem nome, quase nenhum diálogo e extenuante trilha sonora em percussão étnica invertendo a prática das grandes trilhas românticas para aventuras épicas. Resumindo: Naked Prey não é filme teen para matinês.
Entre os momentos de destaque: a amizade com a garotinha da tribo, o fogo na mata para impedir o avanço dos perseguidores e a travessia do ninho de cobras!
• Aflição para ecologistas: abates reais de elefantes!
• Cena gourmet de ocasião: comendo carne de cobra.
• Tour de force: o ator/diretor tem diversas cenas junto a animais reais.
• Mais Cornel Wilde diretor em No Blade of Grass.
Expectativa 😈😈😈 Realidade 😈😈😈😈
• Aflição para ecologistas: abates reais de elefantes!
• Cena gourmet de ocasião: comendo carne de cobra.
• Tour de force: o ator/diretor tem diversas cenas junto a animais reais.
• Mais Cornel Wilde diretor em No Blade of Grass.
Expectativa 😈😈😈 Realidade 😈😈😈😈
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