Saint Ange (França, 2004)
Diret Pascal Laugier
Com Virginie Ledoyen, Lou Doillon, Dorina Lazar, Catriona McColl.
Com Virginie Ledoyen, Lou Doillon, Dorina Lazar, Catriona McColl.
Uma odisseia para Anna. Sofisticada fantasia de horror que marcou positivamente o início de carreira do diretor Laugier. Passado nos anos 50, conta a história de Anna e sua chegada ao hospital Saint Ange que trata de crianças órfãs à espera de adoção. As crianças estão sendo realocadas e Anna ficará no local como auxiliar de manutenção junto à senhora Helena e Judith, uma jovem deficiente mental que não foi adotada.
Anna, retraída e escondendo uma involuntária gravidez, terá problemas de socialização com Helena e com a diretora do hospital e quando começa a perceber manifestações possivelmente espirituais no prédio, passa a investigar o passado do local. Judith poderá ser sua única aliada em desvendar o destino de muitas crianças que foram trazidas ao hospital em épocas passadas.
Depressivo e fascinante em sua condução narrativa e constituição visual que escapa dos clichês modernos (violência, escatologia) para construir um filme que envolve pelo mistério. Também é um filme que integra uma tendência dos contemporâneos em trabalhar a inversão de expectativa, a realidade pela percepção do personagem, que não corresponde totalmente à verdade. A aventura de Anna na busca pela verdade se converte em um épico carregado de drama, loucura, tragédia, vida e morte. Na paleta de cores atenuada do filme, a constância de brancos têm função sugestiva. "Brancos angelicais" indicam algo de sobrenatural logo na chegada de Anna a Saint Ange e marcam o filme até seu enigmático final.
Sem maior esforço ou pretensão Saint Ange integrou a nova onda do fantástico francês e marcou a estreia de um bom diretor, que depois faria Martyrs e O Homem das Sombras. É um trabalho que cativa justamente pela naturalidade em cinema, sem posar como genial, inovador ou surpreendente.
• Melhor cena: quebrando o vidro no banheiro.
Sem maior esforço ou pretensão Saint Ange integrou a nova onda do fantástico francês e marcou a estreia de um bom diretor, que depois faria Martyrs e O Homem das Sombras. É um trabalho que cativa justamente pela naturalidade em cinema, sem posar como genial, inovador ou surpreendente.
• Melhor cena: quebrando o vidro no banheiro.
• Ótima trilha sonora de Joseph LoDuca, que iniciou carreira com Sam Raimi em Evil Dead.
• O trajeto de Anna pelo elevador e chegando aos subterrâneos me pareceu análogo ao "corredor de estrelas" de 2001 até mesmo em significado dramático! Confere?
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