The Ritual (Inglaterra, 2017)
Diret David Brukner
Com Rafe Spall, Arsher Ali, Robert James-Collier, Sam Troughton, Paul Reid.
Com Rafe Spall, Arsher Ali, Robert James-Collier, Sam Troughton, Paul Reid.
Cosmopolitas não ajoelham. Fantasia e terror em um filme bem original e mais ou menos fora dos imperativos do mercado. Cinco amigos em viagem pela Europa buscam alternativa de lazer entre locais já conhecidos. Decidem por fim, explorar trilhas florestais no interior da Suécia. Como seria esperado em um suspense, vai dar tudo errado, vão se perder pela floresta cerrada e serão caçados por alguma coisa oculta nas sombras noturnas. Pode ser uma criatura mística ou aldeões ainda vivendo em condições primitivas. Ou pode ser os dois!
Narrado pela perspectiva de Luke (Rafe Spall), o filme o elege como condutor das dúvidas, da loucura e da desorientação que vai tomando o grupo de seres urbanos que se vê totalmente desorientado quando confrontado a crenças e forças ancestrais. Desabituadas ao misticismo de tempos remotos, as criaturas urbanas serão tragadas pelo mundo orgânico e suas forças indomáveis. Quando o grupo encontra uma cabana para o pernoite, descobre ali misteriosos adereços de adoração. Todos são então tomados por alguma força que os abala emocionalmente. E para escapar do simples pega-pega, o roteiro inventa variações que rendem muito bem como as visões de um amigo morto em aparições recorrentes na floresta e a entidade que perambula na região.
Baseado em folclore nórdico, o filme é bastante sutil e não recorre a explicações fáceis. The Ritual está repleto de pequenas pistas que a princípio não farão muito sentido, as visões e o amigo morto voltam constantemente como sonhos de Luke, em alternâncias ao que ele vê conscientemente.
Visualmente o filme é muito rico e mesmo as obviedades, como as cenas noturnas da floresta iluminadas por lanternas (tornadas clichê depois de Bruxa de Blair) são belas e apavorantes. Em geral todas as cenas na floresta são esteticamente admiráveis. E apesar de alguns jumps desnecessários, o design de som e trilha também são refinados. Só tem coisa boa nesse filme? Mais ou menos: o protagonista é fraquinho demais e coloca muita coisa em risco.
No geral The Ritual conta pontos pela ousadia em escapar do corriqueiro e propor uma teia de informações que levarão algum tempo para se juntar. Equilibra-se muito bem entre um trabalho enigmático, que exige atenção do espectador, e o terror mediano restrito ao perigo físico de ameaça aos protagonistas.
• Melhor cena: Luke descobre as múmias meio-vivas em uma dependência do celeiro.
• Melhor do melhor: o design antropozoomórfico da entidade Jotunn.
• Inusitado: as lâmpadas fluorescentes na floresta!
• Inusitado 2: a entidade forçando Luke a ajoelhar!
• Curiosidade: Andy Serkis na produção!
• Tem semelhanças com Shrooms quando dispara os delírios múltiplos.
Expectativa 😈😈 Realidade 😈😈😈
Tá perdido? Ajoelha que eu te escuto... |
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