13 de janeiro de 2019

Wyrmwood

Wyrmwood: Road of the Dead (Austrália, 2014)

Diret Kiah Roach-Turner
Com Jay Gallagher, Leon Burchill, Bianca Bradey, Keith Agius, Berynn Schwerdt. 

Wyrmwood

A propaganda é enganosa, mas e daí?! Divertida aventura australiana que tenta a união de gêneros consagrados. Em meio a uma contaminação relâmpago que transformou as pessoas em zumbis, o herói Barry perde a esposa e filha e precisa encontrar sua irmã, Brooke. Mas a região está infestada e os grupos de sobreviventes isolados precisam unir forças para escapar. Brooke, capturada por forças armadas, acaba servindo a um experimento sanguíneo feito por um enlouquecido cientista que busca a cura para a contaminação. Talvez Barry não chegue a tempo de salvá-la!

Então né... o cartaz fala de "Mad Max Meets Dawn of Dead"... só que não! A possibilidade é genial, mas a produção pobrinha deste Wyrmwood não permitiu o cumprimento da promessa. E à primeira vista, o filme parece outra daquelas produções feitas no quintal de casa por uma turma de fãs empenhados. E a foto "sem graça" da captura digital atrapalha bastante. Só que... com uma profusão de ideias divertidas e uma sucessão de situações legais, o filme resulta muito simpático e fluente. 

A narrativa dinâmica, na linha de Sam Raimi ou Peter Jackson, também é notável entre as virtudes do filme. E virtudes ele tem várias. A suspensão tragicômica serve muito bem à soma de ingredientes: quando Barry, o nativo Benny e Frank se unem, precisam blindar seu veículo para uma fuga e aí sim, os confrontos na estrada com as forças armadas simulam Mad Max! (só faltou umas capotagens!) O insano cientista ouve KC and Sunshine Band enquanto faz seus experimentos de transfusões. O sangue dos zumbis é inflamável e quando Barry descobre que a respiração dos zumbis libera gás combustível, precisa levar alguns deles prisioneiros, para o motor do carro funcionar!!! Mais ainda, as transfusões de sangue fazem com que Brooke desenvolva contato telepático sobre os zumbis controlando-os a seu favor!


Por tudo isso embalado em um ritmo frenético, insano e humorado, Wyrmwood é uma diversão irresistível e muito bem vinda na onda de esgotamento (espero que não) do sub-gênero living-dead.
Resta ficar na torcida para que o diretor levante um orçamento decente e volte ao modelo criado, cumprindo a promessa Mad Max + Dawn of Dead em um filme maior.

• Melhor cena: a fuga de Brooke.
• Melhor ator escroto: o cientista de Berynn Schwerdt.
• Inesperado: à noite os zumbis não liberam gás na respiração
e o carro fica parado na estrada!
• Tragédia: esposa e filha virando zumbis no carro.
• Pior surpresa: para um filme australiano, este tem floresta demais e nenhum deserto!

Expectativa 😈😈     Realidade 😈😈😈


E o "filme maior" quase aconteceu em 2021 com Wyrmwood: Apocalypse. Diretor e elenco voltaram em uma produção média mas com as baterias visivelmente descarregadas. Repete o mesmo espírito dinâmico, sem tempos mortos, mas o velho e bom esculacho anárquico parece perdido. O maior tropeço é a ausência de Berynn Schwerdt como o cientista viciado, agora vivido por Nicholas Boshier (empenhado, mas sem a graça do anterior). O resultado é uma zumbi-aventura que diverte, mas não repete a "molecagem" da antes.

Agora a aventura é sobre Rhys, um soldado que captura zumbis pelo território infestado e os entrega a um bunker onde o cientista faz experimentos na busca de um soro que possa curar a contaminação. A situação se reverte quando uma garota precisa resgatar sua irmã do bunker e Rhys decide ajudá-la. 

Repleto de situações e reviravoltas (o melhor é um zumbi cyberpunk!), Wyrmwood: Apcalypse não faz feio na média B e só perde mesmo na comparação com a dinâmica do filme anterior. Seja como for, o "universo Wyrmwood" ainda pode trazer coisas divertidas por aí. Esperemos... 

Expectativa 😈😈     Realidade 😈😈

Wyrmwood Apocalypse

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