Paura Nella Citta Dei Morti Viventi (Itália, 1980)
Diret Lucio Fulci
Com Christopher George, Catherine MacColl, Carlo De Mejo, Janet Agren, Antonella Interlenghi.
Inferno na Terra do cinema. Na cidadezinha de Dunwich o suicídio do padre Thomas abre uma passagem dimensional e zumbis, espíritos e loucura se instauram no local. Christopher George é um repórter que vai até a cidade investigar os estranhos acontecimentos acompanhado de Mary, uma sensitiva para descobrir que a cidade foi construída sobre as ruínas de Salem e a morte do padre Thomas pode trazer o inferno à Terra!
Clássico dos filmes malucos de Lucio Fulci! Aqui o grotesco estético é o fundamento do show e isso vale tanto à questão imagem exposta quanto a questões técnicas e narrativas. A demência e a violência do espetáculo são extensivos à forma geral! Fulci concebe seu filme quase como um anti-filme com pouco encadeamento narrativo! A lógica não procede, os protagonistas se dividem em grupos, os destinos são pouco importantes, a produção é incerta e emprega desde excelentes efeitos (como a incrível clássica cena da broca), a bonecos descaradamente falsos e termina em um efeito de animação capenga que parece que fui eu que fiz (a fragmentação da cena final)! O resultado é um filme-pesadelo de assalto aos sentidos, a subversão cinematográfica, o descaso supremo à narrativa em cinema sedimentada por décadas!
Podemos acusar a direção de desleixada? Acho que não, especialmente depois de vermos The Psychic (o suspense que Fulci fez antes de Zombie) e constatar a narrativa em clássica lógica retilínea nesse filme. O que houve aqui então? Tomou umas a mais? Houve a intenção de buscar justamente o caos em forma fílmica, a suspensão de lógica e a imersão em um conjunto caracterizado como um pesadelo de encadeamento incerto.
"Neste momento em uma cidade distante,
estão acontecendo coisas terríveis..."
Inferno na Terra do cinema. Na cidadezinha de Dunwich o suicídio do padre Thomas abre uma passagem dimensional e zumbis, espíritos e loucura se instauram no local. Christopher George é um repórter que vai até a cidade investigar os estranhos acontecimentos acompanhado de Mary, uma sensitiva para descobrir que a cidade foi construída sobre as ruínas de Salem e a morte do padre Thomas pode trazer o inferno à Terra!
Clássico dos filmes malucos de Lucio Fulci! Aqui o grotesco estético é o fundamento do show e isso vale tanto à questão imagem exposta quanto a questões técnicas e narrativas. A demência e a violência do espetáculo são extensivos à forma geral! Fulci concebe seu filme quase como um anti-filme com pouco encadeamento narrativo! A lógica não procede, os protagonistas se dividem em grupos, os destinos são pouco importantes, a produção é incerta e emprega desde excelentes efeitos (como a incrível clássica cena da broca), a bonecos descaradamente falsos e termina em um efeito de animação capenga que parece que fui eu que fiz (a fragmentação da cena final)! O resultado é um filme-pesadelo de assalto aos sentidos, a subversão cinematográfica, o descaso supremo à narrativa em cinema sedimentada por décadas!
Podemos acusar a direção de desleixada? Acho que não, especialmente depois de vermos The Psychic (o suspense que Fulci fez antes de Zombie) e constatar a narrativa em clássica lógica retilínea nesse filme. O que houve aqui então? Tomou umas a mais? Houve a intenção de buscar justamente o caos em forma fílmica, a suspensão de lógica e a imersão em um conjunto caracterizado como um pesadelo de encadeamento incerto.
Na procissão de cenas escrotas: mortos se levantam, paredes se rompem, vidros estouram, tem chuva de vermes pela janela, tem aparições, paredes vertem sangue atingidas por vidros e no cardápio das violências que valeram o alcunha de godfather of gore ao diretor, temos cérebros esmagados, cadáveres decompostos, a famosa cena da broca na cabeça e a garota regurgitando suas vísceras em uma cena clássica que circulou muito nas revistas do gênero (Fangoria, Gorezone etc). E a edição de som vai à loucura com grunhidos, rugidos e cacarejos noturnos amplificados!!! Tudo culminando em uma bela sequência subterrânea com paredes encrustadas de esqueletos!
Claro que é um pouco difícil supor o apocalipse absoluto em uma cidade com meia dúzia de habitantes e uma invasão de outra meia dúzia de zumbis! Mas e daí?! Paura Nella Citta Dei Morti Viventi é um marco no então chamado splatter cinema. Um clássico de sua era e um dos filmes mais divertidos da gratuidade artística natural à fantasia do horror na cultura pop.
Claro que é um pouco difícil supor o apocalipse absoluto em uma cidade com meia dúzia de habitantes e uma invasão de outra meia dúzia de zumbis! Mas e daí?! Paura Nella Citta Dei Morti Viventi é um marco no então chamado splatter cinema. Um clássico de sua era e um dos filmes mais divertidos da gratuidade artística natural à fantasia do horror na cultura pop.
No elenco temos um verdadeiro catálogo de caras conhecidas do pop italiano. E até o diretor faz uma participação (como faria em muitos de seus filmes). Confira: Catherine MacColl, Christopher George, Janet Agreen, John Morghen, Venantino Venantini, Fulci, o eterno polaco-tranqueira Perry Pirkanen e o futuro diretor Michele Soavi!
• Melhor cena insana: a volúpia sádica da cena da broca é ícone do gênero tanto quanto o olho atravessado (de Zombie).
• Paraíso gótico: o citado subterrâneo de caveiras.
• Sufoco extremo: Mary ainda viva no caixão!
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