La Vergine Cavalcano La Muerte (Espanha, 1973)
Diret Jorge Grau
Com Lucia Bosé, Spartaco Santoni, Ewa Aulin, Silvano Tranquili.
Com Lucia Bosé, Spartaco Santoni, Ewa Aulin, Silvano Tranquili.
Difícil classificar esta drama incomum cujo ingrediente principal é a excelência visual. A ótima cenografia e o cuidado fotográfico mergulham o filme em um opressiva autenticidade atmosférica de época. Dramaticamente, Grau conduz seu elenco em suspensão emocional, como em uma grande teia de aparências sob a qual executam-se ações dissimuladas. E para sustentar essa ideia, também impressiona a dosagem que o diretor faz dos elementos estéticos sendo sutil ao expor o grotesco! Será A Força do Diabo então o primeiro e único exploitation que prezou pela elegância?! Mesmo contendo violência com animais e ocasionais efeitos sangrentos o filme evita o impacto barato construindo sua narrativa como uma grande entrelinha de ações subterrâneas conduzidas pelos nobres. Nada sugere presença sobrenatural e todo o terror e violência vem das articulações que se originam nas obsessões da Condessa e na cumplicidade do Conde, que aproveita a situação para se aproveitar de jovens camponesas.
Também é interessante considerar a leitura política (no período final da Espanha Franquista) e as manipulações entre classes que o filme tão claramente coloca. Pouco citado e obscuro, La Vergine Cavalcano la Muerte pode ser uma boa surpresa ao fã do gênero. Só falta o devido resgate dessa maravilha em versão digital.
• Atriz cult: Ewa Aulin, como a filha do estalajadeiro que se entrega ao conde.
• Terror: a condessa tem visões com sua própria imagem deteriorada.
• Doeu em mim: a língua cortada da camareira da Condessa.
• O título se refere a um ritual (que vemos na abertura) com um jovem cavalgando até o cemitério para a revelação do túmulo de um suposto vampiro.
• Titulo espanhol: Cerimonia Sangrienta
• Titulo inglês: Legend of the Blood Castle
• Em VHS: A Força do Diabo (Video Tapes)
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