The Creeping Flesh (ING, 1973)
Diret Freddie Francis
Com Peter Cushing, Christopher Lee, Lorna Heilbron, George Benson, Duncan Lamont.
Experimentando um modelo. Um gótico fora dos padrões habituais do seu período. Peter Cushing é um cientista que descobre na Nova Guiné o esqueleto de uma criatura humanoide de centenas de anos. Durante os exames e experiências, percebe que a água causa regeneração de tecido sobre os ossos e pode reconstituir toda a criatura! Ele extrai o dedo regenerado, estuda o sangue recomposto e desenvolve um soro que pode inibir o instinto destrutivo do homem! Mas quando o esqueleto é roubado de seu laboratório, sua regeneração completa pode se tornar uma ameaça.
Terror estranhíssimo em suas premissas amalucadas de roteiro e diálogos idem! O filme tem um roteiro bem mais dinamizado que a média por situações paralelas incomuns ao gênero. A começar pela narrativa em flash back que o doutor faz em um bizarro cenário vazio com artefatos de laboratório!
E a trama desenvolve o elemento humano em dramas pessoais como a de Penelope, filha do cientista que nunca soube a verdade sobre o tratamento psiquiátrico de sua mãe. Quando a jovem recebe uma dose de soro dos experimentos do pai, desenvolve uma fúria descontrolada! Christopher Lee é o administrador de um hospício que faz experiências com eletricidade e ministra um cruel tratamento de choque em seus pacientes. Lee é um inescrupuloso que não hesita em roubar as pesquisas do rival e a ossada misteriosa, que fica exposta a chuva no epílogo! E assim o filme compõe sua impagável estrutura de absurdos sucessivos. O resultado é um cult movie garantido por diversos motivos.
O diretor
Freddie Francis dizia que Peter Cushing foi dos poucos atores capaz de dizer os mais disparatados diálogos e fazê-los soar como verdade dramática (trivia IMDB).
The Creeping Flesh também marca ponto por sua fotografia diferenciada, muito clara e detalhista, ligeiramente distante das sombras que caracterizaram o modelo gótico. No geral pode-se entender a produção como uma busca de alternativa aos modelos já consagrados e talvez desgastados do terror inglês. Enfim, pelo bem ou pelo mal, é um exemplar sem paralelos na produção dos góticos do período.
• Não é Hammer nem Amicus: foi produzido pela World Film Services (em co-produção com a Tigon).
• A visão POV da criatura repete a ideia de
The Skull.
• Melhor suspense: o esqueleto esquecido sob a chuva.
• Maluquice: a criatura batendo na porta para entrar.
Expectativa 😈😈😈 Realidade 😈😈😈
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...doutor, tem certeza que isso é um dedo?! |
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