Levantou-se devagar. Talvez tivesse agido depressa, mas nos sonhos que tivera posteriormente era sempre devagar, pegajosamente, como se o tempo se houvesse transformado em mel. Correu ao longo da borda e, enquanto o fazia, viu o rosto da irmã logo abaixo da superfície, olhos e boca muito abertos, como se gritasse algo para ele. Ajoelhou-se à beira da piscina, ralando os joelhos no concreto. Esticou o braço, mas a menina já estava muito distante da borda e muito fundo.
• Fobia é a novelização de um roteiro escrito por Jimmy Sangster, Lew Lehman e Peter Bellwood. O filme foi dirigido por John Huston em 1980 e é lembrado como um dos piores momentos de sua carreira. Tudo isso já lança de imediato uma sombra negativa sobre o livro, editado na saudosa coleção Mestres do Horror e da Fantasia da Francisco Alves e creditado a Thomas Luke, um óbvio pseudônimo que parece não ter sido usado nunca mais. Para piorar: versões literárias de roteiros geralmente são burocráticas e naturalmente sem a dinâmica do filme.
O livro conta sobre as experiências controvertidas do Dr. Peter Ross em tratamentos de fobias diversas. Ele desenvolve suas teorias tratando de cinco detentos, voluntários ao programa, em um complexo imersivo de projeções que funciona como um sofisticado tratamento de choque. Mas, depois que um atentado a bomba direcionado ao doutor interfere no projeto, uma dupla de detetives entra para descobrir a verdade sobre o crime enquanto o Dr. Ross precisa levar adiante os tratamentos para não ter o programa cortado. Alguns momentos de tensão tentam apimentar a narrativa, e sempre explorando as fobias dos personagens, como o medo de alturas do paciente Henry.
Henry ficou de quatro na viga, como um estranho gato preso, de maneira louca, no alto de uma árvore. Então, muito devagar, conseguiu pôr-se de pé, com as mãos tentando agarrar o vento para apoiar-se.
Lá embaixo, no solo, por meio de binóculos e lunetas, podiam ver que o Dr. Ross gritava algo para Henry, procurando encorajá-lo. Viram Henry começar a estender os braços e as mãos esticadas do Dr Ross. Não devia existir mais que cinco centímetros de distância entre as pontas dos dedos de ambos.
Então, Fobia é mais um suspense investigativo que evolui para um clássico whodunnit quando crimes começam a ameaçar o grupo de pacientes e termina em um final scooby-doo com explicação e reviravolta surpresa. E por culpa de um filme ruim, ainda perdeu a chance de se fixar historicamente como um digno exemplar de época. O resultado é uma curiosidade literária oriunda da cultura pop e cinematográfica escrita de forma ligeira e de leitura muito fácil.
• Fobia é a novelização de um roteiro escrito por Jimmy Sangster, Lew Lehman e Peter Bellwood. O filme foi dirigido por John Huston em 1980 e é lembrado como um dos piores momentos de sua carreira. Tudo isso já lança de imediato uma sombra negativa sobre o livro, editado na saudosa coleção Mestres do Horror e da Fantasia da Francisco Alves e creditado a Thomas Luke, um óbvio pseudônimo que parece não ter sido usado nunca mais. Para piorar: versões literárias de roteiros geralmente são burocráticas e naturalmente sem a dinâmica do filme.
O livro conta sobre as experiências controvertidas do Dr. Peter Ross em tratamentos de fobias diversas. Ele desenvolve suas teorias tratando de cinco detentos, voluntários ao programa, em um complexo imersivo de projeções que funciona como um sofisticado tratamento de choque. Mas, depois que um atentado a bomba direcionado ao doutor interfere no projeto, uma dupla de detetives entra para descobrir a verdade sobre o crime enquanto o Dr. Ross precisa levar adiante os tratamentos para não ter o programa cortado. Alguns momentos de tensão tentam apimentar a narrativa, e sempre explorando as fobias dos personagens, como o medo de alturas do paciente Henry.
Henry ficou de quatro na viga, como um estranho gato preso, de maneira louca, no alto de uma árvore. Então, muito devagar, conseguiu pôr-se de pé, com as mãos tentando agarrar o vento para apoiar-se.
Lá embaixo, no solo, por meio de binóculos e lunetas, podiam ver que o Dr. Ross gritava algo para Henry, procurando encorajá-lo. Viram Henry começar a estender os braços e as mãos esticadas do Dr Ross. Não devia existir mais que cinco centímetros de distância entre as pontas dos dedos de ambos.
Então, Fobia é mais um suspense investigativo que evolui para um clássico whodunnit quando crimes começam a ameaçar o grupo de pacientes e termina em um final scooby-doo com explicação e reviravolta surpresa. E por culpa de um filme ruim, ainda perdeu a chance de se fixar historicamente como um digno exemplar de época. O resultado é uma curiosidade literária oriunda da cultura pop e cinematográfica escrita de forma ligeira e de leitura muito fácil.
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Leitura Radical
Leitura Radical
No formato dos velhos enlatados televisivos.
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Leitura Passional
Mediano representante de época, bom para saudosistas.
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Fobia
Phobia - Thomas Luke, 1980
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