Mesmo agora, apesar de muitos anos que se passaram desde minha solitária vigília em River Hall, às vezes acordo sobressaltado, possuído pelo horror das trevas, sentindo que alguém se esgueira dentro do silêncio, sorrateiro, para me tirar a vida!
• Divertida novela de mistério com detalhismos formalistas próprios aos modelos de sua época. Na despretensiosa escrita da irlandesa Charlotte Riddell (1832 - 1906), temos a história da residência River Hall, uma velha edificação às margens do rio Tâmisa e seu histórico de inquilinos que nunca ficam mais de dois meses alugando o local sob as mais diversas desculpas.
Primeiro a camareira foi acometida de "calafrios", em seguida o cocheiro jurou solenemente que certa noite, muito depois de todos em casa irem para a cama, ele vira de seu quarto em cima da estrebaria, uma luz brilhante sobre o Tâmisa e um ou mais vultos passeando para lá e para cá atrás da cortina.
A Casa Desabitada demora um pouco para engrenar por causa dos atritos entre a intratável proprietária Srta. Blake e os advogados responsáveis pela locação e repasse de lucros à enviuvada proprietária. O caso chega aos tribunais até que o jovem Hal Patterson, um dos empregados da agência de locação, decide explorar o local para desvendar o mistério. Existem suspeitas de que inimigos possam estar pregando peças para falir o empreendimento e, naturalmente, existe a possibilidade da casa ser mal assombrada. E Patterson, o protagonista narrador, irá se submeter a um acumular de dúvidas, medos e pesadelos que pode lhe custar a sanidade.
Nunca consegui apontar de forma satisfatória o momento preciso, naquela minha temporada na Casa Desabitada, em que percebi que me observavam. Devo ter tido alguma vaga impressão desse fato bem antes de levar a ideia a sério.
• Divertida novela de mistério com detalhismos formalistas próprios aos modelos de sua época. Na despretensiosa escrita da irlandesa Charlotte Riddell (1832 - 1906), temos a história da residência River Hall, uma velha edificação às margens do rio Tâmisa e seu histórico de inquilinos que nunca ficam mais de dois meses alugando o local sob as mais diversas desculpas.
Primeiro a camareira foi acometida de "calafrios", em seguida o cocheiro jurou solenemente que certa noite, muito depois de todos em casa irem para a cama, ele vira de seu quarto em cima da estrebaria, uma luz brilhante sobre o Tâmisa e um ou mais vultos passeando para lá e para cá atrás da cortina.
A Casa Desabitada demora um pouco para engrenar por causa dos atritos entre a intratável proprietária Srta. Blake e os advogados responsáveis pela locação e repasse de lucros à enviuvada proprietária. O caso chega aos tribunais até que o jovem Hal Patterson, um dos empregados da agência de locação, decide explorar o local para desvendar o mistério. Existem suspeitas de que inimigos possam estar pregando peças para falir o empreendimento e, naturalmente, existe a possibilidade da casa ser mal assombrada. E Patterson, o protagonista narrador, irá se submeter a um acumular de dúvidas, medos e pesadelos que pode lhe custar a sanidade.
Nunca consegui apontar de forma satisfatória o momento preciso, naquela minha temporada na Casa Desabitada, em que percebi que me observavam. Devo ter tido alguma vaga impressão desse fato bem antes de levar a ideia a sério.
Com um conteúdo que dá mais espaço a investigação do que o sobrenatural, o livro poderá agradar mais a fãs de narrativas de mistério com seus bem delineados personagens e narrativa elegante. Aos interessados em horror na literatura, resta a modesta curiosidade narrativa de uma era insuspeita.
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Leitura Radical
O formalismo estica o que poderia ter sido um ótimo conto.
Leitura Radical
O formalismo estica o que poderia ter sido um ótimo conto.
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Leitura Passional
Pulp vitoriano!
Pulp vitoriano!
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A Casa Desabitada
The Uninhabited House, J. H. Riddell, 1875
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