4 de novembro de 2019

Citadel

Citadel (Irlanda, 2012)

Diret Ciaran Foy
Com Aneurin Barnard, Wunmi Mosako, James Cosmo, Amy Shiels.

citadel

Pai problema. Suspense que tem na estilização sua maior força. Vivendo em um condomínio pouco habitado, o jovem Tommy perde a esposa no ataque de uma gangue de crianças marginalizadas. Mas consegue salvar sua filha recém-nascida e agora precisa se resguardar de novos ataques do misterioso grupo que vai tentar roubar a criança.

Tommy está sozinho e a pouca ajuda que recebe, de uma enfermeira e de um padre rebelde, servem mais para conduzi-lo adiante no seu confronto do que oferecer uma solução. Quando sua filha é raptada, ele precisa enfrentar seus medos particulares e entrar no território da gangue que parece ter regredido a condições primitivas vivendo de pilhagens e roubando crianças para integrá-las ao seu grupo.

Citadel então é uma fantasia macabra em ambiente urbano, bastante íntegra e agoniante. O problema é que o filme se concentra tanto nos problemas do jovem pai que não define mais nada. É possível que o drama seja ambientado em uma sociedade futurista em uma região de falência social onde quase nada funciona direito. Das instalações residenciais e sua manutenção, à segurança e aos serviços de transporte, Tommy, neurótico e agorafóbico, está entregue a um pesadelo constante e só não se deixa consumir por se empenhar no resgate da filha. Também existe a condição de que as crianças se orientem pelo medo dos antagonistas ("eles vêem o seu medo"), o que poderia servir a uma leitura mais sofisticada da obra...

Primeiro longa do diretor Ciaran Foy (que faria o bem recebido Eli), driblando muito bem as restrições em um trabalho que se vale do emocional mais do que do técnico. Ainda assim o aspecto decrépito das instalações da gangue, repleta de crianças encarceradas, é coisa de pesadelo.

Expectativa 😈😈    Realidade 😈😈😈


Nenhum comentário:

Postar um comentário