Antrum (CAN, 2018)
Diret David Amito, Michael Laicini
Com Nicole Tompkins, Rowan Smith, Dan Strate, Circus Zalewsky.
O filme contém peculiaridades que se especula provocarem
um efeito físico e psicológico no espectador.
Pegadinha macabra. Bem sacada ideia de roteiro em auto referência ao cinema fantástico, mas com realização mediana. Quando a família do garoto Nathan precisa sacrificar seu cachorro, Oralee, a irmã mais velha, decide ajudar o caçula. Leva-o a um bosque afastado onde deverão cavar uma passagem ao inferno e resgatar o espírito do pet. Inadvertidamente libertam forças malignas que os perseguirão. Só que... essa é a história de um suposto filme perdido, produzido em 1979 e que tem a fama de maldito, pois provoca a morte, convulsões e pânico nas plateias que se submetem a assisti-lo!
Subtitulado The Deadliest Film Ever Made, é possível que Antrum seja a mais original ideia em filme barato desde A Bruxa de Blair. Antecipado por um mockumentary de dez minutos que cria um divertido suspense, esta produção canadense se empenha em uma realização retrô, com trilha musical e foto exemplares. Só faltou um roteiro melhorzinho, pois mesmo para um filme teria sido feito 1979, a coisa toda ficou meio morna. Mesmo quando Oralee e Nathan encontram uma suspeita dupla, que frita pessoas dentro de um Baphomet de lata, o filme opta pelo mistério em vez de ação e chiliques emocionais.
Mas não é caso de ficar reclamando muito, Antrum consegue entreter e manter a atenção pelo mistério na brincadeira macabra com o filme repleto de efeitos de envelhecimento e detalhes subliminares com mensagens e pentagramas supostamente arranhados na película original. Sua principal força são momentos que genialmente exploram a simplicidade como a sobreposição da face sobre o horizonte e falhas na trilha de áudio.
Além disso temos os enigmas visuais, como as cenas em preto-e-branco, que não serão compreendidas como "produzidas em 1979", ou o morto ao lado da árvore, ou os cogumelos ao lado do buraco cavado, ou as visões de Nathan. Enfim, o filme consegue um raro poder de envolvimento e convida à decifração de seus enigmas óptico-diabólicos.
Além disso temos os enigmas visuais, como as cenas em preto-e-branco, que não serão compreendidas como "produzidas em 1979", ou o morto ao lado da árvore, ou os cogumelos ao lado do buraco cavado, ou as visões de Nathan. Enfim, o filme consegue um raro poder de envolvimento e convida à decifração de seus enigmas óptico-diabólicos.
Mais do que tudo, é interessante a busca por referências alternativas em um período mais sensorial e menos pragmático na cultura pop do que o atual, como já tentara Mandy, ou A Casa do Diabo.
• Tosquice muito adequada: o esquilo em stop-motion!
• Assustador: diabo encarando a tela no longo close!!!
• Obra-prima: o Baphomet de sucata!
• Obra-prima: o Baphomet de sucata!
• Didático: a abertura tem diversas cenas de filmes satânicos do cinema mudo.
Expectativa 😈😈 Realidade 😈😈😈
... posso ter um pet-bode?! |
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