23 de fevereiro de 2021

Aragami

Aragami (Japão, 2003)

Diret Ryuhei Kitamura
Com Takao Osawa, Masaya Kato, Kanae Uotani.

Aragami


Escreveu origami errado! Estranha fábula fantástica que opta pela estilização sem a menor preocupação em cumprir regrinhas de mercado. Dois samurais, mortalmente feridos em batalha, alcançam um templo abandonado onde serão recebidos por seu misterioso ocupante e sua auxiliar. Apenas um samurai será salvo e após sua recuperação um confronto de princípios se inicia entre o monge guardião do templo e o samurai. Um confronto que logo deverá ser resolvido na espada!

Envolvente em sua premissa econômica, Aragami tem a seu favor principalmente o descaramento em assumir o cinema minimalista. São praticamente dois personagens em cena durante toda a ação em um cenário único. É um projeto em cinema experimental de forte ligação à encenação teatral. E considerando a média nerd do cinema do diretor Kitamura, o filme também surpreende no tom discreto, nos longos diálogos e na beleza mínima da cenografia interna do templo. 

Em tom de fábula, e temperada por muito humor, a história encanta no embate filosófico entre os protagonistas e nas revelações graduais, especialmente a revelação sobre a identidade de Aragami, o guardião. Mas também não decepciona nos momentos de ação com especial destaque a uma luta na penumbra, com a cena iluminada unicamente por flashes das faíscas das espadas! Repleto de insinuações e pequenas surpresas, Aragami é um aperitivo pop, modesto, mas suficientemente divertido.

Cotação Mojica

• Surreal pop: Aragami recoloca seu braço amputado!
• Melhor cena: a citada luta iluminada por flashes.
• Cordialidade: Aragami oferece diversas bebidas ao oponente.
• Mais Ryuhei Kitamura em: O Último Trem, Dawnrange, Cine Pesadelo.

Expectativa 😈😈     Realidade 😈😈😈

Aragami
Cinema Kabuki?!

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