Run (EUA, Canadá, 2020)
Com Sarah Paulson, Kiera Allen, Pat Healy, Sara Sohn, BJ Harrison.
Mãe loka, mas atenciosa. Suspense domiciliar de tensão crescente e exemplar em sua simplicidade de elementos. Chloe é uma jovem de 17 anos, exemplo de superação: nasceu de um parto problemático, e tem diversas deficiências. É asmática, tem arritmia cardíaca, sofre de paralisia nas pernas e precisa de uma bateria constante de remédios reguladores. Mas não se deixa vencer, estuda física e eletrônica e sonha em receber a aprovação na faculdade para um curso superior. Até que um dia, xeretando os sacos de compras do mercado, Chloe descobre algo incoerente nas prescrições de seus remédios. A zelosa mamãe parece que tem alguns segredos no excesso de atenção com a garota.
E o aflitivo suspense começa quando a jovem precisa
descobrir a correta dosagem e função dos remédios que vem tomando. Praticamente
concentrado nas duas personagens centrais, Run é um duelo de interpretações
entre as duas atrizes centrais e mais ainda, em nível poético, um duelo entre as
verdades e necessidades das protagonistas. Sem maiores invenções o filme compõe
seu suspense gradualmente, dispensando a histeria ou reviravoltas mirabolantes
e toda a sua força e consistência vem das atrizes que dominam o drama
excepcionalmente bem (méritos da direção também). Sarah Paulson compõe a mãe atenciosa,
insanamente atenciosa desde a reunião de mães na abertura, de forma assustadora
em suas dramáticas justificativas, e Kiera Allen (em seu primeiro filme) como a jovem deficiente, rouba a(s)
cena(s) indo da simpatia inicial, em sua obstinada superação, ao pavor quando
suas suspeitas se instauram. O único ponto questionável é que o epílogo poderia
ter tido mais voltagem (especialmente na trilha sonora). No geral Run é um
suspense mediano, mas que garante seu show na simplicidade objetiva e em sua
notável fluência narrativa.
• Momento Kill Bill: mexendo os dedinhos do pé!
• A casa caindo: Chloe no porão descobre papeladas e documentos.
• Tem semelhanças com Harvest de John McNaughton.
Expectativa 🦽🦽 Realidade
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