Sequence Break (EUA, 2017)
Diret Graham Skipper
Com Chase Williamson, Fabianne Therese, John Dinan, Lyle Canouse.
Cinema geek! Curiosa ficção em produção econômica na linha minimalista que se tornou uma necessidade na atualidade e uma forma de contornar a febre por megaproduções de orçamentos e efeitos milionários. Osgood é um jovem encarregado na manutenção e consertos de velhos games arcade, até que uma máquina em especial atraí sua atenção. Esse jogo misterioso que provoca alucinações foi desenvolvido clandestinamente e pode confinar a consciência do jogador em uma realidade apavorante. Quando Osgood conhece Tess, um romance se inicia e ambos podem ter suas vidas alteradas pelo misterioso programa.
Pois bem, Sequence Break parte dessa premissa de alteração de realidade para um romance-ficção-terror extremamente econômico de meios e de linguagem. Tem o seu fascínio na expectativa pelo desenvolvimento e as implicações da substituição de realidade por um mundo alternativo. Tem sua evidente citação ao cinema de Cronenberg, especialmente quando a máquina cede a mutações orgânicas e o usuário se entrega ao prazer de sua manipulação. E tem seus (brevíssimos) momentos de horror em flashes de delírio.
O problema é que nada disso se desenvolve satisfatoriamente e o filme fica andando em círculos e pistas recorrentes de difícil conclusão, até a "aventura" final no empenho de Osgood em salvar Tess da máquina. Pena que faltou investimento e um roteiro mais aprofundado. Poderia até ter sido um "Tron de terror"! Mas seja pela nota que for, o filme garante seu mediano fascínio no jogo de decifração entre as percepções vividas pelos protagonistas, e a realidade ("realidade") suposta no final-em-modo-reset pode ser especialmente incômoda...
Cabe também a análise sob o ponto de vista da produção contemporânea que parece ter uma preocupação enorme em disfarçar suas bases pop-fantasiosas e querer lançar uma infinidade de pistas sofisticadas, filosóficas, surreais, que mais atrapalham o andamento do filme do que servem à constituição de seu mistério.
• Man-Machine: Depois de jogar compulsivamente, Osgood começa a vomitar cabos e conexões.
• Pista: quanto mais é usada, mais a máquina se torna uma entidade orgânica.
Expectativa 🕹🕹 Realidade 🕹🕹
...como assim, Tron dos pobres"?! |
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