Army of the Dead (EUA, 2021)
Roteiro living dead. Mega-aventura-épico-zumbi que quase redime o diretor Zack Snyder. Depois de revitalizar a figura dos mortos-vivos com sua refilmagem de Dawn of the Dead em 2004, ele fez 300 e partiu para filmes de super-heróis. Army of the Dead é uma produção que estava sendo gestada desde 2004 (trivia IMDB) e foi sendo adiada por diversos motivos. Pois bem, agora Snyder volta ao gênero que o destacou e o que temos? Um mix de thriller de assalto com apocalipse zumbi!
Las Vegas foi sitiada depois de uma epidemia zumbi se alastrar na cidade. O ex-fuzileiro Scott (Dave Bautista) reúne um grupo de mercenários para um roubo/resgate de uma grande quantia em dinheiro de um cofre forte, justamente no meio da cidade repleta de mortos-vivos! O diferencial é que uma parcela da população de zumbis evoluiu em um grupo organizado com liderança e com capacidades articuladas de ataque e vingança. E o filme vem repleto de clichês descarados como a traição interna, os dramas de sacrifício e a verdade por trás da missão.
Na competição pelo ultimate zombie film, entre Train to Busan e Guerra Mundial Z, este Army of the Dead fica na média. Tem duas horas e meia (!), mas muita enrolação emocional. Tem produção incrível na constituição da Las Vegas destruída, mas muita bobagem acontecendo. Cria uma situação aflitiva na corrida contra o tempo do epílogo, mas a tensão é amenizada na despreocupação da equipe. Enfim: tentou escapar do óbvio e tropeçou em si mesmo. Faltou rever o roteiro e dosar os ingredientes entre a alternativa e o clichê. Insere as inevitáveis piadinhas com o folclore de Vegas (Elvis, tigre branco, temas musicais...). Algumas pontas soltas também atrapalham: a mecânica-piloto não revela o estado do helicóptero ao líder (por que não?!), o dinheiro no cofre parece que perde a importância de repente, a única garota resgatada pela jovem Kate (filha de Scott) some de cena depois da fuga de helicóptero... E o que dizer do acidente inicial que liberta os zumbis do container e remete a A Volta dos Mortos Vivos 2 (1988) ?!!
Agora, quanto a ação, tem momentos ótimos de tiroteios, explosões e aqueles personagens tranqueira que só servem para serem punidos em cenas sangrentas. O final deixa a porta aberta para uma sequência (ou duas) e realmente espero que Army of the Dead sirva para reaquecer os motores do diretor para melhores zumbi-épicos futuros.
• Carne moída de primeira: o tigre fazendo justiça!
Expectativa 😈😈😈😈 Realidade 😈😈😈
Gente, não é mais walking dead?!...... |
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