Céu Vermelho-Sangue

Blood Red Sky (Alemanha-EUA, 2021)

Diret Peter Thorwarth
Com Peri Baumeister, Carl Anton Koch, Kais Setti, Alexander Scheer, Dominic Purcell, Gordon Brown, Rolland Moller.

Tira o Liam Neeson e coloca um vampiro. Aventura e terror em uma mistura bacana de ver que se sustenta pela direção dinâmica. Nadja, precisa de um tratamento urgente em uma clínica em Nova Iorque e embarca em um avião com a ajuda de seu filho Elias. Ela sofre de uma contaminação no sangue e precisa urgentemente de uma transfusão. Mas o voo é alvo de um grupo de terroristas e Nadja irá sofrer uma mutação que pode contaminar todos à bordo em um processo irrefreável se não chegar logo ao seu destino.

E o pequeno Elias passará por um infinito tormento ao se defrontar com os sequestradores enquanto zela pela saúde da mãe. Logo saberemos que Nadja foi mordida por um vampiro e precisa do tratamento para conter a evolução do contágio. Uma informação curiosamente dada em um flash-back dentro do grande flash-back maior que é o sequestro do avião.

Blood Red Sky faz assim, uma mistura de thriller de ação e filme de terror, ao confinar a ação em um avião de passageiros. Seu roteiro tenta variações divertidas, como quando faz um equilíbrio de forças e um dos sequestradores consegue extrair sangue de Nadja para se contaminar, tornando-se seu principal oponente. A maior variação narrativa acaba sendo a opção pelo tormento de Nadja que sofre na mutação, mas também utiliza suas novas capacidades em defesa do filho. Uma condição dramática e vulnerável, realçada por sua figura macabra, careca e de orelhas pontudas (como Nosferatu). 

Com situações sucessivas e dinâmica humana em seus realistas desentendimentos entre os passageiros e desentendimentos entre os vilões, o filme só falha na fraqueza da protagonista por tempo excessivo, comprometendo um pouco a construção do drama. Mas a direção precisa e tensão constante, garantem uma despretensiosa aventura de matinê com bastante sangue.

• Pavor noturno: procurando pelo marido no chalé isolado na neve.
• Herói mirim: Elias se aventura pela ala de passageiros contaminados, armado apenas de sua lanterna.

• Melhor cena: manobrando o avião para os raios de sol.

• Maior pecado: a trilha sonora inexpressiva que deveria intensificar ação e corre-corre.

Expectativa 🧛🧛       Realidade 🧛🧛🧛