The Superdeep (Russia, 2020)
Com Milena Radulovic, Sergey Ivanyuk, Nikolay Kovbas, Vadim Demchog, Darya Chagal, Albina Chaykina.
Novo design de fungos. Suspense, body-horror e apocalipse no mesmo pacote. Anna é uma infectologista que trabalha para militares e é convocada para auxiliar uma equipe de cientistas em uma base subterrânea na Antártida. A equipe prévia teve misteriosos quadros de loucura e infecção e uma avaliação da situação, assim como o resgate desse pessoal, é uma necessidade urgente para os responsáveis. Mas o incidente esconde uma tragédia bem maior: um fungo liberado pelo derretimento de geleiras vem provocando a degeneração física dos infectados e se o fungo alcançar a superfície pode se alastrar descontroladamente.
Superdeep tem produção de primeira e notável eficiência estética em sua clausura subterrânea, além de uma progressão agoniante na perfeita dosagem de suspense, revelações e efeitos. Anna precisa coletar amostras da contaminação e o pesadelo revelado em suas descobertas conduz a narrativa a uma situação limite. Se a missão resgatar a equipe isolada nos pisos inferiores pode estar liberando corpos infectados. Mas nesta era em que o formato consagrado em cinema-pop recorre ao modelo do filme-adrenalina, Superdeep tropeça em não se render a alguns imperativos. Algumas sequências de ação limite ao final falham no rendimento aflitivo e comprometem um pouco os 110 minutos de filme. Seja como for a produção se salva por sua história apocalíptica, sua produção na tradição B, toda rodada em internas, e eficiência climática, tudo em sintonia com medos contemporâneos.
• Aflição: os dedinhos de Olga dobrando errado.
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