Funhouse (Suécia, 2020)
Com Valter Skarsgard, Gigi Saul Guerrero, Karolina Benefield, Christopher Gerard, Khamisha Wilsher, Amanda Rowells, Jerome Welinsky.
A hora dos imperativos. Curioso thriller que ataca a cultura de massa da era digital. Oito celebridades da cultura midiática são levados a uma misteriosa instalação para um reality show na internet. Logo a situação lhes é apresentada e eles descobrem que estão encarcerados e incomunicáveis com o meio externo e pior do pior: a eliminação de participantes se dá por vias violentas e mortais!
Funhouse é tão escroto, simplório, doentio e sem-noção que você assiste só pra ver até onde vai... E seu interesse é o mesmo dos realities televisivos: "quero ver esse babaca se foder". Displicente em seu acabamento visual e apavorante na violência, o filme funciona na mesma medida da inutilidade catártica mobilizada na cultura midiática contemporânea, que o filme aparentemente se propõe a criticar ou comentar. Sustenta-se principalmente pelo elenco dedicado e narrativa bem conduzida no absurdo proposto e driblando os deslizes, como nas tentativas do elenco em se manter calmo quando todos sabem que somente um deles sairá com vida.
Abrindo com uma sequência de violência que inclui desfiguramento e coração arrancado a punhaladas (!), Funhouse assume o insano narrativo podendo ser entendido como uma comédia anárquica sobre bobagens televisivas, atualmente multiplicadas pelas vias de acesso digital. Mas, por sua vez, o próprio filme não ficou muito longe do alvo que ataca e acaba valendo como uma curiosidade sádica pela nulidade cultural dos imperativos de nossa época. Uma grotesca caricatura do grotesco.
• Melhor estratégia: todos os personagens são desprezíveis e torcer por sua desgraça é parte da proposta do filme!
Expectativa 👿👿 Realidade 👿👿👿
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