The Manor (EUA, 2021)
Um filme normal. Um terror que surpreende em sua modéstia narrativa. Judith (Barbara Hershey) é uma senhora, ex-bailarina, que precisa ser internada em uma casa de repouso depois de uma crise coronária. Sua filha e especialmente seu neto, reagem mal de início, mas a temporada de adaptação segue com ela conhecendo novas amizades e se submetendo às regras do casarão. Mas a rotina da clínica começa a se mostrar repressora além do necessário e Judith passa a ter visões de uma entidade que invade silenciosamente as dependências do local.
Em seu segundo longa metragem, a diretora belga Axelle Carolyn entrega um filme totalmente refém das convenções do mercado do terror-pipoca... mas não se rende a nenhuma delas! The Manor é bastante previsível na maioria de suas soluções de roteiro e flui levemente sem apelações medíocres, sem jumps idiotas, sem histeria emocional e constrói uma show suficientemente envolvente por seu lado humano. Será possível que Judith esteja realmente pirando e o diagnóstico de Alzheimer esteja correto? Ou seria muita coincidência que as visões da senhorinha coincidam justamente com o período pós-internação?
Com a ajuda de Josh, seu neto e afetivamente o mais próximo dos familiares, Judith descobre um possível grupo de praticantes de magia que repete rituais celtas de rejuvenescimento. E a investigação segue com a simpatia despretensiosa de um filme B e o acabamento gráfico de uma produção de porte que opta mais pelo fantástico do que pelo horror. Mas nada prepara o espectador para o ousado e imprevisto final que alça o filme acima da média.
• Participação cult: Jill Larson, de A Possessão de Deborah Logan.
Expectativa 😈😈 Realidade 😈😈😈
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