The Hole in the Ground (Irlanda, 2019)
Com Seana Kerslake, James Quinn Markey, Kati Outinen, James Cosmo, David Crowley, Simone Kirby, Steve Wall.
Invasão de raiz. Terror e ficção dos mais inclassificáveis por sua forma pausada e sutilezas. Sarah é uma jovem separada do marido e que, em uma cidadezinha interiorana na Irlanda, tenta reconstruir a vida (a reforma na casa como equivalência) e cuidar de Chris, seu filho. Mas depois de descobrir uma enorme cratera na floresta próxima, percebe o comportamento do filho alterado a ponto de se tornar irreconhecível. Não bastasse esse drama, Sarah ainda encontra uma moradora perturbada que insiste em dizer que o menino não é seu filho!
E então temos que nos deparar com a forma incomum para narrar o drama da mãe em conflito com a verdade sobre o filho transformado: Hole in the Ground é esquisitão por ser de primeiro mundo, ou é só uma tentativa estilizadona de fugir do cinema-pipoca convencional? Considerando os conteúdos da história, fica difícil aceitar a dramaticidade em marcha-lenta e opção por sutilezas narrativas. Basicamente é uma aventura de invasão alienígena que serve à comentar o drama da mãe e suas consequências no desequilíbrio emocional do garoto, mas então não precisaria de tanta "seriedade" em sua constituição. E o filme corre o risco de cansar em sua austeridade de pouco conteúdo.
Talvez tenha se arriscado à monotonia, mas jamais perde o interesse por sua concentração minimalista. Chris sofre alterações perceptivas e dá mostras de uma força incomum em alguma ocasiões e Sarah não tem a quem recorrer chegando ao extremo de se aventurar terra abaixo na cratera misteriosa na busca da solução, e nesse ponto a produção cresce mostrando o que poderia ter sido caso tivesse optado pelo delirante estético e narrativo.
Resumindo o falatório: Hole in the Ground é muito bem produzido e dirigido, mas não precisava ser tão sério.
• Improvável: Sarah se aventurando na exploração da cratera.
Expectativa 👽👽 Realidade 👽👽👽
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