Meander (França, 2020)
É a gincana da claustrofobia. Ficção e suspense em produção minimalista, típica destes tempos de pandemia. Lisa encontra-se em um período de depressão, vagando física e emocionalmente até que recebe carona de um suspeito de crimes em série. Depois de uma luta no veículo, Lisa recobra os sentidos em um ambiente desconhecido. Confinada em cubículos e corredores de aço, ela será submetida a um insuportável martírio para escapar desse misterioso cárcere em provas de tempo limitado.
Pesadamente tenso e claustrofóbico, Meandro é um exercício de resistência ao espectador por sua situação ininterrupta e sufocante. Lisa pode ter sido abduzida por um complexo alienígena e seu tormento em testes de fuga e percepção pode estar servindo a um experimento alien!
Com roteiro que mais parece o de um game, em provas de fuga sucessivamente mais difíceis, o filme imerge os sentidos em uma tortura sensorial realmente incômoda. E corre o sério risco de cansar a percepção pela limitação à provação física. Mas então entra em cena o elemento memória, quando Lisa assiste a projeções de sua vida, da infância até o falecimento de Nina, sua jovem filha, e o filme se lança a leituras mais amplas que levam Lisa à prova mais difícil de todas: abdicar de relações contidas em sua memória! E todo o sofrimento, decifrações e expiações conduzem a um enigmático final de "renascimento".
Modesto em sua flagrante produção B – como o compartimento orgânico de "contato imediato" ou nos frequentes efeitos "de silicone" – e consistente em sua narrativa, Meandro pode ser uma grata surpresa a quem suportar seus 90 minutos de tormento sensorial.
• Pior prova: o ácido verde!
• Nojinho: Lisa encontra um corpo decomposto no caminho!
Expectativa 😈😈 Realidade 😈😈😈
Nenhum comentário:
Postar um comentário