Corruption (Inglaterra, 1968)
Pérola estragada. Uma curiosidade em suspense nível B totalmente deslocado da boa média dos thrillers realizados no cinema britânico do período (veja aqui uma seleção). Visivelmente inspirado em Les Yeus Sans Visage, conta o tormento do doutor John Towan (Peter Cushing), um cirurgião renomado cuja jovem noiva Lynn Nolan (Sue Lloyd) sofre uma grave queimadura facial e precisa de uma cirurgia de reconstituição. Cushing consegue clandestinamente, a pele facial de uma jovem falecida, mas a operação, inicialmente bem sucedida, desanda na rejeição súbita, em plena viagem de férias. O dedicado doutor, então, precisa de tecido vivo para as transfusões posteriores!
E assim, o cirurgião se lança em uma série de crimes pelas noitadas da Swinging London, em busca de vítimas sucessivas para manter a face da jovem restaurada. A situação colapsa quando ele decide parar com os crimes, mas Lynn, em crescente desequilíbrio, o obriga a continuar.
Corruption é assim, uma bizarrice indescritível em seu nível desajeitado de apelação pulp, produção pobre, direção sem imaginação e elenco inexperiente. Coroam a esquisitice, as cenas de distorções angulares nas cenas de crime e a trilha sonora jazzística que não se encaixa em momento nenhum. Temos então uma raridade em nível B no pop britânico, uma produção que sempre cuidou bem de aspectos formais, aqui deixando para a história uma pérola doentia que resvala pelo cinema trash. A maior esquisitice é Peter Cushing entrando em uma das maiores enrascadas de sua carreira, em um momento de altos e baixos artísticos.
Expectativa 😈😈 Realidade 😈
Sorry dear, nem todo filme velho é clássico... |
Nenhum comentário:
Postar um comentário