Moloch (Holanda, 2022)
Diret Nico van den Brink
Com Sallie Harmsen, Anneke Blok, Edon Rizvanolli, Markoesa Hamer, Ad van Kempen, Fred Goessens.
Terror de primeiro mundo! Horror holandês muito bem realizado de diretor iniciante. Moloch dispensa a adrenalina para ganhar muito em atmosfera. É centrado no drama de Betriek, que vive um dilema familiar de perdas e tragédias. Uma tradição mortal parece assombrar sua família sempre vitimando as mulheres. Ela perdeu o marido recentemente e teme por sua filha pequena. Quando um grupo de cientistas faz escavações na região em que mora e descobre corpos de mulheres degoladas, eventos inexplicáveis e possessões começam a se intensificar e as ameaças à família de Betriek parecem cada vez mais próximas.
Depois de curtas bem cotados, o diretor estreia comercialmente neste ambicioso e dramático horror folk. Cuidadoso fotograficamente, sempre em penumbras noturnas e dias nublados, a atmosfera é o foco principal da produção. E a lentidão da parte inicial, com destaque aos desafetos e dramas da protagonista, vai cedendo espaço gradual a momentos de horror e mistério incômodos.
Alguns jumps, cumprem a proposta comercial do filme, mas a estrutura dramática, e a desagregação interna da família de Betriek, são a preocupação maior do diretor. E assim, a passagem do drama ao terror da captura de almas é eficiente, ainda que bem distante do histrionismo a que nos acostumamos na média do mercado pop. O resultado é um terror que envolve e mantém a atenção sem exceder a dosagem de seus ingredientes. É sempre questionável que a discrição emocional não seja a melhor opção a um filme de horror, mas aqui o equilíbrio entre sugestão e explicitação é tão bom que cumpre plenamente sua proposta.
• De arrepiar a alma: a aparição no elevador!
• Triunfo climático: o pai de Betriek à noite na floresta, cercado de neblina... e espíritos.
• Menção honrosa à trilha sonora, entre o ambient, instrumental camerístico e techno-noise!
Expectativa 😈😈 Realidade 😈😈😈
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