19 de setembro de 2022

We Need To Do Something

We Need To Do Something (EUA, 2021)

Diret Sean King O'Grady
Com Sierra McCormick, Vinessa Shaw, Pat Healy, John James Cronin, Lisette Olivera.

We Need To Do Something


Precisamos mesmo! Precisamos fazer alguma coisa com o cinema contemporâneo. Este é um daqueles filmes nos moldes econômicos (ou para dizer mais bonito: minimalista), que vêm marcando muita coisa na produção moderna. Seja por causa da pandemia ou como referência artística aos independentes de baixo orçamento, diversas produções contemporâneas vêm com a proposta de "estilização formal". Até aí nada demais, o problema é quando isso vira artimanha pouco criteriosa e o cinema vira vale-tudo.

We Need To Do Something conta o drama de uma família que se tranca no banheiro quando um tornado assola a região. No espaço confinado, dramas e conflitos se manifestam e mesmo passado o perigo o grupo desconfia que algo ainda mais perigoso ronda a região. Melissa, a filha adolescente, começa a rememorar seu caso com Amy, uma jovem reclusa do ambiente escolar e as práticas ocultistas a que se dedica. Seria possível que Amy e Melissa tenham invocado e libertado algum poder destruidor no mundo?

E o filme segue com sua narrativa de teatro filmado, com a ação toda confinada em um único ambiente e fazendo alternâncias dramáticas entre personagens. As únicas sequências externas acontecem nos flash-backs de Melissa. O ponto negativo é que a farsa cênica (o drama encenado) fica por demais evidente na cuidadosa ausência expositiva da destruição externa, das possíveis entidades que rondam a casa – a cena em que Melissa arranca a língua de um animal é quase inaceitável – e no suposto apocalipse de abrangência bem mais ampla do que alcançaria um tornado. Pior ainda é ter que estender o tempo do filme com enrolações dispensáveis.

We Need To Do Something

O ponto positivo é que enquanto estilização, o filme cumpre suficientemente bem o drama a que se propõe pela dedicação do elenco e pela direção tensa do começo ao fim, especialmente na atuação do casal central. Vinessa Shaw faz a esposa que não tem mais como dissimular sua infidelidade e Pat Healy (Carnage Park, Hotel da Morte) como o patriarca instável, repete seu tipo já consagrado de desequilibrado ameaçador.


• Melhor momento: a tensão inicial com a chegada do tornado.
• Participação honrosa: Ozzy Osbourne faz as vozes lá fora!
• Nojinho: comendo pedacinhos da língua arrancada para
não morrer de fome!
• Momento Ozzy: mastigando a cabeça da cascavel!
• Único longa do documentarista Sean O'Grady.
• Curiosidade: o escritor Josh Malerman entre os coprodutores.

Expectativa 😈😈       Realidade 😈😈

We Need To Do Something

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