Terrifier (EUA, 2016)
Com Jenna Kanell, Samantha Scaffidi, David Howard Thornton, Catherine Corcoran, Matt McAllister, Pooya Mohseni.
Terrirfier. O cinema de horror vive tentando de tempos em tempos lançar seus novos mascotes, seus novos marcos, seus novos vilões. Às vezes consegue... Aqui temos um horror em nível B que parece querer referenciar os slashers dos anos 80, com suas ações idiotas, elenco jovem, trilha sintética e simplicidade extrema de trem-fantasma. A receita que deu tão certo em Sexta-Feira 13 fez escola e virou variante genérica no que já estava saturado, esgotado e criticado como apelação barata.
Mas depois de novas categorias genéricas, dentro das já reconhecidas, e depois das facilidades técnicas trazidas pela era digital, tivemos uma retomada de produção, fanfilms, revisões e redux-de-gênero para chegarmos a coisas como este Terrifier, uma produção B que refere o passado, não tenta nem pretende inovar nada e funciona como um passeio em parque temático, no caso um slasherpark. Nem mesmo tem uma história para contar e se resume a uma situação única em uma noite de Halloween quando um misterioso palhaço perambula noite adentro fazendo vítimas aleatoriamente. Se você acha isso pobre enquanto premissa, saiba que o roteiro se resume a essa storyline!
Sem maior imaginação o filme simplesmente alinha, aleatoriamente como as andanças do assassino, situações banais: a protagonista Tara precisa usar o banheiro e se perde em um velho prédio esvaziado para dedetização, e logo Art vai perseguir a moça, matando quem aparecer pelos vazios sombrios. E como os personagens são o que menos importa, os destinos surpresa vão mantendo a atenção do espectador ao filme. Alguns momentos de body horror e mutilação extrema resvalam no humor grotesco e a sensação de "parque de horrores" se repete, fazendo até lembrar o termo terrir, em desuso atualmente.
O melhor de tudo mesmo é o palhaço Art, um arlequim preto e branco de sorriso estragado que cumpre plenamente sua função sinistra assombrando o filme do começo ao fim. Com design que ultrapassa o Coringa e remete diretamente ao Homem Que Ri de Conrad Veidt, em uma caracterização pavorosa e memorável, Art garante o show.
• Grotesco beyond: Art "travestido" com a pele de uma vítima!
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