Shark Bait (Reino Unido, 2022)
Com Holly Earl, Jack Trueman, Catherine Hannay, Malachi Pullar Latchman, Thomas Flynn, Manoel Cauchi.
A fila anda... Quem ainda aguenta filme de tubarão assassino? Eu aguento, pode mandar! Filme de tubarão e de zumbi nunca é demais. O problema é quando um roteiro ou uma narrativa não se esforça em nada para sair do manjado lugar-comum já explorado no gênero e perde a chance de fazer seu potencial render mais. E assim temos filmes como este Shark Bait, todo corretinho, bem fotografado e dirigido com competência, mas indulgente de seu próprio resultado.
A jovem Nat e seu namorado Tom estão de férias com mais três amigos em uma costa sul-americana. A curtição inclui festas e bebedeiras ao por do sol, um pouco de traição adultera, mais bebedeira e ações irresponsáveis como roubar dois jet-skis de uma instalação desguardada para uns rolês aquáticos. Mas a turma se afasta muito da praia e na stupid action central do filme, as máquinas ficam avariadas por uma brincadeira besta. Um dos rapazes tem a perna ferida e logo um grande tubarão branco é atraído pela movimentação, e pelo sangue, pondo em risco a vido dos cinco jovens.
Então o que temos aqui, e o que o diretor também teve, são os ingredientes de sempre para fazer um bolo de receita já testada e aprovada. Ficou legalzinho, mas é mais-do-mesmo. Mais um filme de tubarão na fila de produções que se reativa regularmente (... e vem aí The Meg 2!). O que nos resta é checar erros e acertos e acertos o filme tem vários, a começar pelas apavorantes aparições da fera nas cenas submarinas. Se você não se incomodar com a presença que circula atrás de Tom aos 24:30 minutos é porque você está morto por dentro. O problema maior é que a situação de embasamento do roteiro (acidente com os jet-skis) é muito idiota. E o filme quase consegue compensar essa falha na sequência com as investidas progressivamente ousadas da fera, o suspense na tentativa de alcançar um barco pesqueiro nas proximidades, o desentendimento besta entre Nat e Tom, e algumas mordidas aflitivas. Assim o filme vai compondo seu tempo de projeção, infelizmente tentado disfarçar o entretenimento corriqueiro que é, e se passando por "drama sério" com a redenção de Tom, a trilha sonora que evita dramaticidade e um final meio anticlimático. Shark Bait é mais um exemplo de filme que se tivesse assumido sua condição de cinema-pipoca e focasse mais na aventura e menos no drama, teria sido muito mais decente e divertido.
Expectativa 🦈 Realidade 🦈🦈🦈
Xingar não adianta, Milly, tem que morder... |
Nenhum comentário:
Postar um comentário