#Alive (Coréia do Sul, 2020)
Com Yoo Ah-In, Park Shin-Hye, Jeon Bae-Soo.
Variante coreana. Entre as muitas variações metafóricas no cinema de mortos-vivos este #Alive é dos mais satisfatórios. Consegue dar seu recado e não perde a chance de entregar um bom filme de aventura. Conta o sufoco do jovem Joon-Woo, sozinho em seu apartamento quando família sai para compras e uma epidemia toma a cidade de assalto enlouquecendo os habitantes. Isolado e sem chance de sair até mesmo pelos corredores do condomínio, Joon acompanha o crescimento da epidemia pelas ruas, mas precisará se aventurar em outros apartamentos em busca de alimento.
Com um argumento minúsculo desses é de se surpreender com o andamento e a inventividade de situações que preenchem o filme. Tecnicamente é impecável e com uma narrativa que cresce em tensão nervosa e dramática, especialmente quando Joon conhece Kim, uma garota, isolada como ele, morando no apartamento em frente. Mas independentemente de comentários, metáforas, pandemias, o tema do filme é o isolamento automático da vida moderna, mais ou menos como haviam feito A Noite Devorou o Mundo e Rammbock. Joon está à vontade em seus contatos online com gamers, e mesmo com a família, o celular é o mediador. A situação com um dos vizinhos logo no início dá o tom de indiferença pelo destino alheio: "Posso usar o banheiro?", "Pode, mas depois vá embora". O desinteresse e distanciamento (e ainda a desconfiança) orientam a vida moderna cercada pelas tecno-facilidades.
E o jovem irá experimentar a solidão e a ausência de relações com o entorno a ponto de ter que se arriscar por outras habitações. O contato com Kim trará para ambos a reveladora necessidade de ajuda mutua e reconhecimento... mas e quando as necessidades individuais são uma ameaça ao bem estar coletivo? O que fazer com o vizinho que protege a esposa contaminada?
Equilibrando drama, suspense, algum humor e bons momentos de pancadaria, #Alive é satisfação garantida aos fãs do cinema living-dead, que parece bem longe do esgotamento. Ainda bem!
Expectativa 🧟🧟 Realidade 🧟🧟🧟
Obrigado eterno, George... |
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