Sick (EUA, 2020)
Com Gideon Adlon, Bethlehem Million, Dylan Sprayberry, Jane Adams, Marc Menchaca, Chris Reid, Joel Courtney.
Variant stupid. Suspense na linha slasher que pega carona na paranoia da Covid e se compõe aos trancos e barrancos, literalmente! Parker e Miri são duas amigas que deixam o ambiente estudantil para uma temporada de recolhimento em plena pandemia. Em uma sofisticada casa afastada em uma floresta as duas se instalam, mas logo um assassino se infiltra no local. E assim, Parker, Miri e DJ, um amigo que as visita, estão ameaçados por um ardiloso invasor, armado com uma faca e movido por uma justificativa que nenhum dos três suspeita.
Então tome mais um slasher com os ingredientes clássicos, home invasion, terror in the woods, turning point e o que mais tiver. Até aí, nada de mal. Cinema de gênero é legal justamente porque pega o lugar-comum e faz variações sobre ele. O problema é quando as variações são meio bestas e ineficientes. E o problema aqui é justamente um roteiro sem imaginação que fica alinhando situações diversas para cumprir o tempo do filme. Como a tentativa de fuga na balsa. Pior mesmo é que o roteiro parece ter se empenhado em um insuportável inventário de stupid actions. Por exemplo, as várias chances em reverter a situação com o assassino desacordado chegam a ser inaceitáveis, assim como as cenas de saco plástico na cabeça. Isso até já virou piada e Parker sufocando, e com as duas mãos livres para rasgar o saco, abalam demais as construções de suspense. Outra falha: a ideia que justifica os ataques é boa, mas perdeu-se a chance de explorar um pouco melhor a paranoia extremista da polaridade contemporânea.
Só tem coisa ruim nesse filme? Não! Tem um monte de coisa boa. E quem quiser pegar leve com a produção e dar uma chance, vai se entreter com a técnica bem aproveitada em alguma cenas memoráveis como o assassino e a câmera correndo atrás das garotas, a porradaria bem encenada, os jogos visuais com o intruso pela casa ou as garotas fugindo pelo telhado. O melhor mesmo é a surpresa de o assassino não estar sozinho...
Sick é mais um daqueles projetos que tropeçam em si mesmos. Muito comuns na produção moderna, onde a necessidade de mostrar serviço e inovar (até onde não precisa) acaba atrapalhando o resultado geral. O perigo é que a indulgência acaba por infectar nossos critérios de apreciação e produções preguiçosas acabam incorporadas na média geral. Zeitgeist segue o flow.
Expectativa 😷😷 Realidade 😷😷
...Mim ajuda! Precisa-ce de o roteirista... |
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