Sisu (Finlândia, 2022)
Com Jorma Tommila, Aksel Hennie, Jack Doolan, Mimosa Willamo, Tatu Sinisalo, Onni Tommila, Arttu Kapulainen, Wilhelm Enkell.
Duro de morrer. Coprodução entre Finlândia e Reino Unido que parte do básico narrativo para o absurdo impossível e só vai ser tolerável como um desenho animado com gente. Imagine o Pica-Pau contra o Urubu Malandro para ter uma ideia da construção dramática proposta.
Em 1944 a Segunda Guerra ruma para o final e tropas alemãs estão em retirada. Aatami Korpi, é um ex-soldado do exército finlandês que perdeu tudo na guerra, perdeu casa e família e agora é um garimpeiro em busca de ouro pelas regiões da Lapônia. E ele encontra uma enorme jazida como jamais viu, mas trava contato com uma unidade de soldados alemães e é roubado na estrada. A única saída é revidar.
E o filme então se entrega a uma infinita perseguição, pancadaria e matança com um mínimo de informação. Basta situar Aatami como uma lenda local, um desgarrado assassino de soldados, para que o filme se sinta justificado a alinhar episódios fantasiosos de matança e resistência física impossível. Ele não é imortal, "ele apenas se recusa a morrer", como diz uma personagem, acrescentando uma dimensão mítica ao protagonista. Então, considerando a tendência à farsa descompromissada característica dos trabalhos do diretor Helander (Big Game, Rare Exports), o negócio é relaxar e deixar rolar um show de porradaria em produção impecável, além de uma invejável beleza estética a cada cena de desolação apocalíptica, em um conjunto que flui rapidamente. Com um roteiro que parece ter sido escrito pelo tenente Aldo Raine ("o negócio é matar nazistas"), Sisu é ligeiro, sincero e sem-noção. Se perde muito em veracidade, ganha em dinamismo e diversão em modo berserk.
Expectativa 😈😈 Realidade 😈😈😈
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